O Benfica sagrou-se campeão nacional de futsal, com um tiro da marca de grande penalidade do brasileiro Jefferson. Com este resultado, o Benfica colocou um ponto final numa seca de dois anos, e impediu o Sporting de celebrar o tricampeonato.
O quarto jogo desta final tinha tudo para ser um grande espectáculo. O Benfica estava a apenas uma vitória do título, depois de na tarde de sábado ter vencido o Sporting por 3-1, colocando a final em 2-1, a seu favor. O Sporting entrou ao ataque em Odivelas e aos três minutos já vencia por 1-0, com um golo de Diogo. Mesmo com um remate ao ferro para cada lado, e uma intensidade fora do comum, foi preciso esperar pela segunda parte para assistirmos a mais golos.
O Sporting voltou a entrar melhor na segunda parte e aos dois minutos Caio Japa fez o 2-0 para os leões. O Benfica não baixou os braços e reduziu de imediato, por Xande, aos 25’ (2-1). A partir daqui, todos os ditados fizeram sentido. O Sporting teve várias oportunidades para matar o jogo e obrigou Juanjo a brilhar por diversas vezes. Acabou por morrer, ou pelo menos cambalear, ao terceiro livre directo de Patías, que fez o empate a duas bolas, a dois minutos do final do encontro.
O jogo foi para prolongamento, e o Sporting demonstrou que estava pouco interessado nos penáltis. Acertou duas vezes no ferro e ainda colocou Alex como guarda-redes, mas nem assim o empate se desfez. Tudo seria decidido nas grandes penalidades, marcadas de frente para os adeptos do Sporting. Djô, do Sporting, foi o primeiro a tentar a sua sorte, mas a bola acabou devolvida pela trave. Melhor fez Patías, que colocou o Benfica na frente (1-0). Apesar da pressão, Diogo não vacilou e ainda empatou o jogo (1-1), antes de Bruno Coelho voltar a colocar o Benfica na frente (2-1). A precisar de marcar para manter o Sporting nos penáltis, Fábio Aguiar conseguiu fazer o 2-2.
A partir daqui os nervos aumentaram, e de que maneira. Xande foi chamado a marcar o penálti decisivo, mas permitiu a defesa de André Sousa. O Sporting fez a festa, mas o árbitro mandou repetir tudo, porque André Sousa saiu da baliza antes do tempo. O ambiente azedou e o árbitro mudou os penáltis para a outra baliza. Nova oportunidade para Xande, e mais uma defesa para André Sousa. A seguir, foi a vez de Fábio Lima proporcionar a Juanjo uma grande defesa. Novamente com o título nos pés, a história repetiu-se. Jefferson correu para a bola e falhou, mas André Sousa voltou a adiantar-se. Nova repetição, mas desta vez o brasileiro não voltou a falhar, selando a questão com um tiro. No final, o Benfica celebrou o sétimo título de campeão da sua história, numa época coroada com a dobradinha, depois de em Maio o clube ter conquistado a sua sexta Taça de Portugal.
