O juiz de instrução Carlos Alexandre decidiu manter José Sócrates em prisão preventiva, depois de o ex-primeiro-ministro ter recusado deixar a prisão de Évora para passar ao regime de prisão domiciliária com pulseira electrónica.
Esta tarde, o juiz de instrução Carlos Alexandre pediu ao Ministério Público (MP) que revisse a medida de coacção a aplicar a José Sócrates, depois de este ter recusado ficar em prisão domiciliária sob vigilância electrónica.
O MP reviu então a promoção feita no final da semana passada, optando por propôr a medida de prisão preventiva. “O Ministério Público entende subsistir, nesta fase da investigação, de forma significativa, o perigo de perturbação do inquérito – de perturbação da recolha e da conservação da prova – mantendo-se também, ainda que de forma mais diminuta, o perigo de fuga”, anunciou a Procuradoria-geral da República (PGR) em comunicado.
A obrigação de permanência na habitação, refere a PGR, acautelaria esses perigos. Mas, perante a recusa de José Sócrates em ficar com pulseira electrónica, e depois da revisão da posição do MP, o juiz Carlos Alexandre decidiu manter a medida de coacção em vigor.
