O presidente do Conselho de Administração cessante da PT SGPS, João Mello Franco, afirmou esta sexta-feira que sente ter cumprido a sua obrigação à frente da empresa e considerou que o tempo está "menos crispado" entre os accionistas.
João Manuel de Mello Franco participou esta sexta-feira pela última vez numa assembleia-geral de accionistas da PT SGPS enquanto presidente, sendo agora substituído por Luís Palha da Silva.
"Esta reunião foi relativamente pacífica comparada com as outras reuniões anteriores, sobretudo a de Setembro e a de Janeiro" últimos, afirmou Mello Franco, à saída da assembleia-geral que elegeu o novo presidente e aprovou a alteração parcial dos estatutos da empresa, incluindo a sua nova denominação social, passando a chamar-se Pharol.
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"Estive no Conselho de Administração da PT" durante "17 anos com várias funções e, sobretudo, a partir de Setembro, quando me pediram para ser presidente", salientou.
"O ambiente está menos crispado e o relacionamento com os próprios accionistas e com a Oi está melhor. Sinto que cumpri a minha obrigação, independentemente de ter muita coisa a acontecer", sublinhou.
Mello Franco apontou que a PT SGPS entra agora numa nova fase e que sai com "alguma saudade", mas já era altura de sair.
"Acho que não devo continuar", disse.
Sobre as preocupações manifestadas pelos pequenos accionistas durante a reunião magna de hoje, onde 37% do capital esteve representando, Mello Franco disse que estas têm basicamente a ver com o novo rumo da PT SGPS, já que anteriormente está projectada a criação da CorpCo.
"A PT SGPS vai ser a maior accionista da Oi", depois dos novos acordos assinados, pelo que "os pequenos accionistas ficam muito mais protegidos", considerou.
Relativamente ao facto da Telemar, accionista da Oi, ter usado a abstenção no ponto sobre as contas individuais, Mello Franco apenas disse: "Não percebi".
Além de não ter sido dada qualquer explicação sobre isso, a Telemar aprovou favoravelmente as contas consolidadas da PT SGPS.
Sobre as acções judiciais que a PT SGPS poderá colocar a ex-administradores, Mello Franco não quis citar nomes, mas disse que o "ambiente na sala", ou seja, os accionistas, manifestaram um "sentimento que se deverá" avançar com isso.
Lusa