A administração norte-americana removeu esta sexta-feira Cuba da lista de estados que patrocinam o terrorismo, um passo prometido desde que os dois países alcançaram um acordo histórico para pôr fim ao embargo económico à ilha cubana que as sucessivas administrações dos Estados Unidos mantiveram durante mais de meio século.
Este é mais um de vários passos dados no sentido de recuperar as relações bilaterais, num processo que começou em Dezembro passado. Nesse mês, Barack Obama anunciou que um acordo estava prestes a ser alcançado com Raul Castro – que assumiu a presidência de Cuba em 2008 devido à saúde frágil do irmão Fidel. Em poucas horas, Obama e Castro trocaram prisioneiros, o tiro de partida para um acordo “histórico” que hoje se cimenta.
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Desde o anúncio em Dezembro, vários voos comerciais já foram retomados entre os dois países, ligando as comunidades cubanas de estados como Miami aos seus familiares que continuam a viver na ilha e esses às famílias e amigos imigrados nos EUA. O Congresso americano está entretanto a ultimar pormenores para aligeirar processos como a atribuição de vistos turísticos ou até a importação legal dos famosos charutos cubanos, que até agora entravam por vias clandestinas no país.
A 14 de Maio, logo a seguir a um encontro entre Castro e o papa Francisco no Vaticano – histórico para um líder comunista, que recusa a religião mas que diz que com este papa até pode voltar a rezar – o presidente cubano já tinha declarado que, se os EUA cumprissem a promessa de tirar Havana da lista de terroristas, as embaixadas de cada país poderiam finalmente reabrir. A promessa concretizou-se hoje, sexta-feira. O resto deverá chegar em breve.
