O Conselho Ministros acaba de escolher Carlos Costa para próximo governador do Banco de Portugal, devendo agora enviar o processo para ser apreciado na Assembleia da República.
{relacionados}
Marques Guedes reconheceu que há algumas conclusões da Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES menos agradáveis para o actual governador, mas que a mesma comissão reconhece que “foram evitadas situações mais graves para os contribuintes“ defendeu.
O ministro da Presidência acrescentou que Costa “não foi nomeado por este governo, mas pelo governo do PS, mas a sua actuação permitiu uma acção de supervisão por parte do Banco de Portugal que antigamente não existia. E tem um perfil que demonstrou nos últimos cinco anos para continuar o trabalho”.
A recondução do actual governador não é, contudo, pacífica, nem mesmo dentro do PSD. Morais Sarmento arrasou esta intenção do governo, referindo que "Medalhas dão-se no 10 de Junho".
“Salvo se existirem razões que desconhecemos, que recomendem a continuidade da mesma equipa, do mesmo governador, para que processos em curso não sejam interrompidos, eu penso que, por aquilo tudo o que se passou… As medalhas dão-se no 10 de Junho. Se Pedro Passos Coelho quer dar uma medalha a Carlos Costa, dá-lhe no 10 de Junho ou propõe ao Presidente que lhe dê no dia 10 de Junho”, disse o ex-ministro social democrata ao programa “Falar Claro” da Rádio Renascença.
Também o Partido Socialista já disse que quer negociar com a coligação PSD/CDS a recondução de Carlos Costa, mas em bloco, tendo em conta que haverá também novas nomeações para a CMVM e o Tribunal Constitucional.
O actual mandato de Carlos Costa termina a 7 de Junho.