Peee Peeeeeeee Peeeeeee. É o fim do campeonato nacional 2014-15. Ganha oBenfica. É bicampeão. Ou 34, tanto faz. Ao longo de nove meses, um parto de 763 golos distribuídos por 306 jogos – dá uma média 2,49.
Há mais empates (85) que vitórias dos visitantes (84). E o anfitrião é, claro, quem mais ordena (137). O resultado típico é 1-1, por 46 vezes. Mais, mais. O melhor ataque é o do Benfica (86), o pior o do Vitória de Setúbal (24). A defesa mais permeável é a do Penafiel (69) e a menos batida é a do Porto (13). E a indisciplina, senhores?
O Gil vê 119 amarelos, o Penafiel cinco vermelhos. E a melhor série invicta? É a do Porto (16). E o melhor marcador? Jackson (21) pelo terceiro ano seguido. E quem tem mais golos de penálti?André André, do Vitória de Guimarães, com oito. E o suplente mais eficaz? Salvador Agra (Braga, 4). E quem decide mais jogos? Marco Matias (Nacional, quatro). E quem tem mais bis? Jonas, cinco. Só mais esta, vá lá. Prometo, é a última.
Qual é a melhor dupla? Como assim? Quem assiste mais vezes o goleador? Ahhhhh, agora sim. Uyyyyy, isso não é assim do pé para a mão, sem mais nem menos, de repente, sem aviso prévio etc e tal. É preciso estudar a coisa, fazer as contas e apresentar os resultados.
E? E a melhor dupla é do Porto. Um cruza, o outro festeja. É Tello e Jackson, cinco vezes.Começam a brincadeira na primeira jornada, com o Marítimo. Se o jovem Ruben Neves, ainda menor (17 anos de idade), marca o primeiro golo do campeonato, o segundo é da autoria do inevitável colombiano. A passe do espanhol.
Na oitava jornada, mais do mesmo, para o 4-0 em Arouca. Na 11.ª, o 2-0 ao RioAve no Dragão. Na 14.ª, o 2-0 ao Vitória de Guimarães no Dragão. E, finalmente, o 1-0 no Bessa à 22.ª. Para evidenciar mais empatia que nunca, Jackson oferece de bandeja dois golos a Tello no clássico com o Sporting (3-0). A partir daí, a sintonia desaparece. Porque Tello lesiona-se no final de Março e adiós Liga. O espanhol nunca mais encontra Jackson. O colombiano, também ele a sofrer com uma paragem de um mês, refugia-se na coligação com o mexicano Herrera e aquilo até dá os seus frutos, com quatro assistências para golo. Mas não chegam aos cinco de Tello-Jackson.
Sim, porque quatro há muitos. Então do Benfica é um ver-se-te-avias. De Jonas para Lima, de Salvio para Jonas, de Maxi para Lima, de Gaitán para Salvio e de Gaitán para Jonas. Uffff. OSporting tem duas dignas duplas neste ranking: de Carrillo para Slimani e de Jefferson para Slimani.
Aliás, é oSporting o vencedor da teima há um ano, com Capel-Montero. Ao todo, quatro golos. Em 2012-13, o Porto não dá hipótese à concorrência. Seis entre Moutinho e Jackson, cinco entre James e Jackson. Em 2011-12, o incrível e o extraordinário entendimento entre James e Maicon (três). Em 2010-11, Falcao-Hulk (4). Antes, outra vez (5), como Di María-Cardozo do Benfica. E a grande enorme surpresa em 2006-07, com Quaresma-Pepe a fabricarem quatro golos.
De volta a 2014-15, quem é afinal o melhor assistente? Perguntas bem.E o Óscar vai para… Tello e Lima, oito cada. Ah pois é, o prémio tem de ser dividido.Seguem-se Lucas João (Nacional), com sete. Depois, Jonas, Jackson, Tomané (Vitória de Guimarães) e João Pedro (Moreirense), com seis. É a festa do golo vista ao contrário. De quem o fabrica, do “made in”. Pormenor delicioso: Luisão tem quatro golos, três deles de Pizzi.A mesma taxa de influência na coligação Quaresma-Aboubakar.
EmEspanha, por exemplo, o vencedor é Messi (18, metade delas para Neymar), seguido de perto por Ronaldo (16, seis para James). A febre continua pró ano.