Crítica a “The Bad Plus Joshua Redman”. Os maus mais o vilão

Crítica a “The Bad Plus Joshua Redman”. Os maus mais o vilão


Isto é como aquele grupo de amigos que decide “a partir de agora vamos viver juntos”. Na verdade não decidem nada, apenas tornam oficial a decisão, fazem uma festa, bebem uns copos, comunicam ao mundo, esse tipo de coisas. Já se entendia, já sabiam onde acabava a conversa de um e começava a do outro;…


Isto é como aquele grupo de amigos que decide “a partir de agora vamos viver juntos”. Na verdade não decidem nada, apenas tornam oficial a decisão, fazem uma festa, bebem uns copos, comunicam ao mundo, esse tipo de coisas. Já se entendia, já sabiam onde acabava a conversa de um e começava a do outro; e mesmo que desse bronca o diálogo acabaria sempre por dar lucro. E neste disco é o que acontece? Claro está.

The Bad Plus, piano+baixo+bateria, e Joshua Redman, um dos maiores do sax tenor, parece que o lida na arena, dá-lhe vida própria para o contradizer, não quem o compreenda (ainda bem). Juntos, estes quatro parecem fazer graffiti americano na cave do jazz, vão das grandes planícies à noite de Nova Iorque com todos os tiques que apanham pelo caminho, da sinfonia US à Broadway e ao bebop. Um virtuoso encanto com todos os encaixes certos, o “quem sabe sabe” que é um desafio e um gosto de ouvir.