E o troféu foi para a Hungria. Lászlo Krasznahorkai venceu o Man Booker International Prize, destacando-se numa shortlist de dez candidatos, onde o escritor moçambicano Mia Couto garantira um lugar.
Um elenco variado, que nunca antes chegara a esta derradeira fase, destinada a premiar, de dois em dois anos, a melhor ficção, escrita ou traduzida em língua inglesa, abrangendo autores de todas as nacionalidades.
Nesta edição, os estreantes em causa, além do "inovador" húngaro, nascido em 1954, eram Amitav Ghosh (Índia), um dos nomes mais conhecidos fora de portas, Ibrahim Al-Koni (Líbia), Marlene van Niekerk (África do Sul), Alain Mabanckou (Congo-Brazzaville), Maryse Condé (Guadalupe), Hoda Barakat (Líbano), César Aira (Argentina) e Fanny Howe (E.U.A.)
Marina Warner, escritora e crítica, presidiu ao júri do galardão, com um valor de com 60 mil libras (cerca de 53 mil euros), que acaba por distinguir também o responsável pela tradução da obra para o idioma de Shakespeare, neste caso, George Szirtes.
"Satantango", de 1985, é o título da obra que concedeu maior visibilidade ao escritor, e que mais tarde seria adaptada ao cinema pelo compatriota Bela Tárr. Em 1993, viu editado "The Melancholy of Resistance". Entre as honras acumuladas, destaque para o prémio Kossuth, o mais prestigiante atribuído pelo estado húngaro.
O nome do vencedor do Man Booker International Prize foi anunciado esta terça-feira, às 21h30, numa cerimónia no Museu Victoria & Albert, em Londres. Krasznahorkai sucede a Ismail Kadare (2005), Chinua Achebe won in 2007, Alice Munro (2009) e a Lydia Davis (2013).