Fantasias

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Cannes tem destas maravilhas. Da noite para o dia tudo se transforma, é uma questão de cenários e ambientes. Se não vejamos. No domingo à noite estava tudo à espera de “Carol”, aquele que era o filme mais falado do festival ainda antes de ter sido revelado ao mundo.E ainda bem, é o sinal mais que…


Cannes tem destas maravilhas. Da noite para o dia tudo se transforma, é uma questão de cenários e ambientes. Se não vejamos.

No domingo à noite estava tudo à espera de “Carol”, aquele que era o filme mais falado do festival ainda antes de ter sido revelado ao mundo.E ainda bem, é o sinal mais que evidente de que a magia da Croisette não tem prazo de validade.

Depois da projecção, uma première como se quer: cinco estrelas por toda a parte. Cate Blanchett esteve lá, assim como Roney Mara e o realizador Todd Haynes. O drama baseado no livro “The Price of Salt”, de Patricia Highsmith. Dez minutos de aplausos de pé, antes da after-party, com bons copos e a mãe de Blanchett no meio da farra. À campeão, diríamos (está dito). Já ontem foi a vez da Pixar. Se é para contagiar o mundo com fantasias,

A animação tem de estar lá, não pode falhar. Missão cumprida.

“Inside Out” é o título dado à primeira produção daqueles estúdios em três anos. O cenário é o cérebro de uma rapariga. Cada conflito interior é representado por uma personagem. Ficamos nós com o conflito de ainda não o termos visto (cada um tem o que merece). Pelo meio continuam uns quantos a quebrar a regra do “selfies não, por favor”.

E outros tentam construir algo diferente, como o grupo de realizadores que criou a Film4Climate, uma associação que quer reduzir o impacto da produção cinematográfica no ambiente. Nada de filmes sujos, mais ou menos isso. E Cannes continua com Miguel Gomes. Ontem foi dia da segunda parte de “As Mil e Uma Noites”, amanhã passa a terceira. E o realizador português conquista tudo.