Sem dúvida que não se pode dizer que o Range Rover 3.0 Sport Hybrid é muito caro, apesar de custar na versão base um pouco mais de 103 mil euros. O que se pode dizer é que custa muito dinheiro. Porquê esta distinção entre caro e muito dinheiro ou barato e pouco dinheiro? É que não são pouco mais ou menos a mesma coisa. E temos sempre muita tendência a confundir os dois conceitos.
Vamos a factos: Este Range Rover não é um plug-in, isto é, as suas baterias não são carregadas numa tomada, mas sim através de desacelerações e travagens e alimentam um pequeno motor eléctrico que está ligados à caixa de velocidades de oito marchas construída pela ZF. Este pequeno impulso (o motor eléctrico tem uma potência equivalente a menos de 50 cv) é suficiente para que as prestações do RR V6 Hybrid sejam superiores (medições do nosso colega “AutoHoje”, que referimos com a devida vénia), às do motor V8 diesel 4.4. Para cumprir os 400m a partir de parado o V6 Hybrid gasta 15,06 segundos, enquanto que com o V8 precisa de 15,10 s. O facto de ser um híbrido traz-lhe logo vantagens fiscais, que acabam por se traduzir num preço inferior em cerca de 30 mil euros aos seus irmãos não híbridos. Além do mais, os consumos também descem – e muito – , face a todas as outras motorizações. É por essa razão que escrevemos que este RR é barato. Pena é custar tanto dinheiro.
Diga-se que não é possível andar mais do que uma centenas de metros em modo eléctrico, porque as baterias têm uma capacidade limitada, mas também é verdade que recarregam muito depressa. Falar em conforto, é falar neste Range Rover, que se pauta ainda por níveis de qualidade de materiais e de classe fora de série. E, além do mais, o RR 3.0 Hybrid vem de série equipado com caixa de redutoras, o que lhe garante um desempenho fora de estrada absolutamente notável.