Richard Gasquet. Não há uma sem três

Richard Gasquet. Não há uma sem três


Tenista francês sai finalmente do Estoril Open com o título. Bateu Kyrgios (6-3 e 6-2) em apenas 64 minutos.


Costuma-se dizer que não há duas sem três. Pois bem, no caso de Gasquet isso aplica-se às finais conseguidas em Portugal. Mas se falarmos de títulos, aqueles que constroem o palmarés dos grandes jogadores mundiais, o Estoril Open era uma espinha cravada na garganta do francês. Até ontem. Agora a máxima muda para “não há uma (vitória) sem três (tentativas)”. Gasquet conseguiu finalmente o título, depois das finais perdidas em 2007, com Djokovic, e 2012, com_Del Potro. Desta vez o francês assegurou-se que o encontro não lhe escaparia, arrasando Nick Kyrgios em apenas dois sets, com os parciais de 6-3 e 6-2.

A final durou apenas 64 minutos; pouco para o público, mas suficiente para o francês de 28 anos conquistar o seu 12.º título_ATP. Já o_australiano de 20 anos, um fenómeno de popularidade na sua primeira passagem por Portugal, acusou a pressão e nunca mostrou argumentos para discutir a vitória na sua primeira final no circuito mundial.

Gasquet e Kyrgios eram os únicos cabeças-de-série do torneio (5.º e 7.º, respectivamente) que tinham passado além dos quartos-de-final – todos os outros caíram nessa ronda ou antes. Ambos tinham disputado jogos longos nas meias-finais:_Kyrgios bateu Carreno Busta em 119 minutos, Gasquet afastou García-López em 136. Mas foi o experiente gaulês que apareceu em melhor condição no encontro decisivo, conseguindo impressionantes 94% de pontos ganhos no primeiro serviço.

Gasquet, 28.º do ranking mundial, estava sem competir há mais de um mês devido a uma lesão nas costas, e chegou ao Estoril Open com menos expectativas que em edições anteriores. Afinal acabou mesmo por ser o seu melhor ano nos courts portugueses. Gasquet já vencera um título em 2015 (Montpellier) mas o triunfo no Estoril é o seu primeiro em terra batida desde 2010 (Nice). Era apenas o que precisava para ser um dos melhores na história da prova. Apesar de haver vários tenistas com dois títulos, o francês é o único a conseguir igualar Tomas Muster com três presenças em finais (o austríaco venceu duas e perdeu uma). O_seu treinador, o espanhol Sergi Bruguera, também conhece a sensação de triunfar no_Estoril como jogador – vencedor em 1991 e finalista vencido no ano seguinte.

O triunfo na nova versão do Estoril Open significa 250 pontos para Gasquet, além do prize-money de 80 mil euros, que permitirão ao francês reentrar no top-25 mundial.