Não há jogos aborrecidos quando os Golden State Warriors estão em campo. A equipa com o melhor registo da fase regular viajou para Nova Orleães com uma vantagem de 2-0 na primeira ronda dos playoffs e sabia que Anthony Davis e companhia iam fazer de tudo para conseguir oferecer uma vitória aos adeptos em casa. Durante algum tempo, esse pareceu ser mesmo o desfecho, graças a uma vantagem de vinte pontos à entrada para o quarto período. Mas se a equipa de Stephen Curry e Klay Thompson já provou alguma coisa esta época é que os jogos só se perdem quando o tempo acaba.
Os New Orleans Pelicans terminaram o terceiro período a vencer por 89-69 e o ambiente no Louisiana era espectacular. A cidade não recebia um jogo dos playoffs desde 28 de Abril de 2011 – derrota dos então New Orleans Hornets frente aos LA Lakers por 80-98 – e não havia melhor forma de regressar do que com uma vitória frente à mais forte candidata ao título e na primeira temporada com o novo nome.
O que se passou a seguir foi apenas o estender de algo a que se assistiu muitas vezes durante a fase regular: não há vantagem grande o suficiente que os Warriors não tenham capacidade de virar. Em Boston contra os Celtics, por exemplo, estiveram a perder por 26 e venceram por cinco sem precisar de disputar o prolongamento. Ontem, a história foi um pouco diferente.
O banco começou o trabalho – Leandro Barbosa (6)e Shaun Livingston (4) marcaram os primeiros dez pontos – e não demorou muito até que os suspeitos do costume aparecessem. A seis minutos do fim, a desvantagem ainda era de 17 pontos mas a partir daí começou a esfumar-se perante a incapacidade dos Pelicans em travar a recuperação. Nos últimos três minutos, a equipa de Nova Orleães só conseguiu fazer três pontos e Tyreke Evans perdeu a oportunidade de garantir o triunfo no último lançamento do tempo regulamentar com um empate a 108. Com dois triplos nos últimos onze segundos, Stephen Curry foi decisivo para os Warriors no parcial de 39-19.
O prolongamento começou com mais do mesmo – triplo de Curry – e a equipa orientada por Steve Kerr não mais voltou a estar em desvantagem, vencendo no final por 123-119. Stephen Curry foi o melhor marcador do jogo com 40 pontos, seguido de Anthony Davis (29 pontos e 15 ressaltos).
“A força mental e a resiliência estão entre os nossos pontos fortes. Foi uma forma fantástica de terminar o jogo”, analisou Klay Thompson, autor de 28 pontos.