Não é só por ser novo, não é apenas uma questão musical. É uma coisa emocional e não pode haver vergonha em dizê-lo, quem a tiver que a esconda ou então não merece isto. Imaginemos esta situação: os quatro tipos que fizeram a melhor pop dos anos 90 (há que para sempre manter este exagero vivo) decidiram voltar à vida.Se nessa altura fomos descobrindo o mundo a ouvir-lhes os discos, é mais que natural que agora um milagre destes seja digno de toda a atenção.Mais, é legítimo entregarmo-nos ao acontecimento.
Ultrapassado o inevitável sentimentalismo, chegamos à razão: as canções merecem todo o nosso tempo, merecem mesmo. Outra vez os miúdos a tornar cool uma Britannia que sem eles é só nebulosidade. O mesmo frenesim de chá das cinco, com a devida contaminação sobrepovoada e melancólica de quem gravou isto em Hong Kong. Vamos continuar a ouvir tudo o que fizeram antes mas que estão cheios de saúde não há dúvida.