Ricardo Sá Pinto foi o último treinador que não utilizou Rui Patrício durante os 90 minutos de um encontro com este estava disponível. Foi na última jornada de 2011/2012 quando em Alvalade, frente ao Sp. Braga, o técnico decidiu substituir o guarda-redes a dois minutos do fim para permitir que Tiago terminasse a carreira em campo. Mas assim que a temporada seguinte começou não houve mais dúvidas. Marcelo Boeck, que até fez dois jogos como titular em 2011/12, transformou-se na eterna sombra do dono da baliza da selecção nacional.
Rui Patrício tornou-se cada vez mais um símbolo dos leões e assistiu a mudanças em toda a linha. O presidente Godinho Lopes deu lugar a Bruno de Carvalho. O treinador Sá Pinto foi substituído por Oceano e até chegar a Marco Silva ainda foi orientado por Franky Vercauteren, Jesualdo Ferreira e Leonardo Jardim. A lista de jogadores também intimida: durante os 89 encontros consecutivos como titular, que contribuem para 8010 minutos sem falhar um único, foram utilizados mais 57 jogadores.
OS OUTROS TITULARES Não há ninguém que se aproxime sequer dos 89 jogos no onze de Rui Patrício. Adrien Silva lidera a perseguição (68), seguido de perto por Cédric (61), Carrillo e William Carvalho (ambos com 54). As duas últimas temporadas trouxeram mais estabilidade no onze e deixaram muitos jogadores perdidos na tempestade que foi a época em que os leões terminaram na sétima posição.
As contas finais revelam que houve mais 51 jogadores titulares durante este período, com Fokobo, Arías, Vítor e Diogo Salomão na base da pirâmide com apenas um. Se a lista se alargar até menos de dez jogos como titulares, o número aumenta para 22 e inclui outros elementos que deixaram muito poucas memórias em Alvalade, como Pedro Mendes, Gerson Magrão, Gelson Fernandes e Iván Píris.
OS OUTROS UTILIZADOS A lista aumenta de 51 para 57. E aqui a diferença absoluta dos minutos do capitão de Alvalade para os restantes é ainda maior. Os 8010 minutos de Rui Patrício ficam ainda mais longe, mas é novamente Adrien Silva que encabeça a perseguição, com 5650. Outra conta interessante de notar revela que apenas seis jogadores actuaram pelo menos metade dos minutos do guarda-redes: além de Adrien, há ainda Cédric (5411), Carrillo (4744), William Carvalho (4727), Marcos Rojo (4342) e Jefferson (4100).
Dos 57, nove não chegaram a completar 90 minutos durante este período: Diogo Salomão (68), Fokobo e Diego Rubio (55), Ryan Gauld (54), Arías (45), Betinho (41), Shikabala (13), Daniel Carriço (10) e Nii Plange (1).
GOLOS E ADVERSÁRIOS Rui Patrício sofreu 82 golos durante este período. O Benfica foi o maior carrasco, com dez, seguido de FC Porto (9), Marítimo e Rio Ave (ambos com sete). Curiosamente, sete dos 82 golos sofridos foram na própria baliza e um deles cometido pelo próprio Rui Patrício, na recepção ao Sp. Braga em 2013/2014. Maurício fez dois.
Cardozo e Tello destacam-se na lista com três golos, mas só Bruno Amaro, Gaitán, Hurtado, Steven Vitória e Suk marcaram em mais de um jogo. O último foi mesmo o único que o fez por mais de uma equipa (Marítimo e V. Setúbal). Depois há ainda os exemplos de Jefferson, Heldon e Wilson Eduardo, que marcaram antes de jogarem pelo Sporting.
