Our girls, our sisters…


A ONU acaba de divulgar um relatório onde aborda (uma vez mais) a extrema vulnerabilidade das mulheres e crianças nas zonas de conflito. Ali se lê que é recorrente o recurso à violência sexual como “táctica de terror” contra as mulheres.


O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vem reconhecendo a necessidade de melhorar a eficácia na resposta à protecção das vítimas, destacando a importância da participação das mulheres na prevenção e resolução deste e de outros crimes, assim como o seu papel na construção da paz.

Recordamos também por estes dias que, há um ano, mais de 270 raparigas foram raptadas na escola de Chibok, no norte da Nigéria, pelo grupo radical islâmico Boko Haram. Apenas 57 conseguiram escapar ao terror, suspeitando-se que as outras tenham sido violadas, sujeitas a casamentos forçados, vendidas para escravatura sexual e realização de trabalhos forçados. O presidente do país, Muhammadu Buhari, recentemente eleito, foi lesto em clarificar que desconhece o paradeiro das jovens e que provavelmente nunca conseguirá a sua libertação. O grito de solidariedade, que em Abril de 2014 mobilizou o mundo em torno da campanha “Bring Back our Girls”, foi esmorecendo, dando lugar a ecos de lamentos já vencidos (“Nunca as esqueceremos!”). Leio, entretanto, que as mães de Chibok e a população voltaram a sair à rua. Querem junto de si as suas filhas, as suas irmãs, clamando pela acção determinada das autoridades locais e de toda a comunidade internacional. E nós? Por que esperamos? Porque nos silenciamos? Porque as abandonámos?

Professora no Instituto Superior de Economia e Gestão – U. Lisboa. Escreve à quarta-feira


Our girls, our sisters…


A ONU acaba de divulgar um relatório onde aborda (uma vez mais) a extrema vulnerabilidade das mulheres e crianças nas zonas de conflito. Ali se lê que é recorrente o recurso à violência sexual como “táctica de terror” contra as mulheres.


O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas vem reconhecendo a necessidade de melhorar a eficácia na resposta à protecção das vítimas, destacando a importância da participação das mulheres na prevenção e resolução deste e de outros crimes, assim como o seu papel na construção da paz.

Recordamos também por estes dias que, há um ano, mais de 270 raparigas foram raptadas na escola de Chibok, no norte da Nigéria, pelo grupo radical islâmico Boko Haram. Apenas 57 conseguiram escapar ao terror, suspeitando-se que as outras tenham sido violadas, sujeitas a casamentos forçados, vendidas para escravatura sexual e realização de trabalhos forçados. O presidente do país, Muhammadu Buhari, recentemente eleito, foi lesto em clarificar que desconhece o paradeiro das jovens e que provavelmente nunca conseguirá a sua libertação. O grito de solidariedade, que em Abril de 2014 mobilizou o mundo em torno da campanha “Bring Back our Girls”, foi esmorecendo, dando lugar a ecos de lamentos já vencidos (“Nunca as esqueceremos!”). Leio, entretanto, que as mães de Chibok e a população voltaram a sair à rua. Querem junto de si as suas filhas, as suas irmãs, clamando pela acção determinada das autoridades locais e de toda a comunidade internacional. E nós? Por que esperamos? Porque nos silenciamos? Porque as abandonámos?

Professora no Instituto Superior de Economia e Gestão – U. Lisboa. Escreve à quarta-feira