Juventus. Uma refeição muito em conta no principado

Juventus. Uma refeição muito em conta no principado


Nunca este ano o Monaco se tinha sentido na obrigação de assumir um jogo na Liga dos Campeões. 


Quis o sorteio que um os dois intrusos dos quartos-de-final da Liga dos Campeões se encontrassem, dando a hipóteses a um deles de seguir em frente na prova. Na primeira mão, em Itália, a Juventus venceu com um golo do chileno Vidal, da marca de grande penalidade. A curiosidade da segunda mão seria perceber de que forma o Monaco iria encarar o jogo, já que a equipa francesa, ao longo da competição e especialmente nesta fase a eliminar, poucas vezes tomou conta dos jogos.

Leonardo Jardim não tinha outro remédio e deu ordem ao Monaco para atacar, mesmo tendo optado por deixar Berbatov no banco. A Juventus, por outro lado, foi ao principado defender com tudo o que tinha, aplicando o melhor catenaccio possível, pelo menos na ideia de não sofrer golos. Logo aos cinco minutos, Kondogbia deu o primeiro aviso, com um potente remate ao lado.

A melhor oportunidade veio aos 15 minutos, e foi desenhada por portugueses. João Moutinho assistiu Bernardo Silva na área italiana e o médio, com Buffon a tapar-lhe a baliza, cruzou contra Barzagli, que por pouco não marcou na sua baliza. A Juventus estava desorientada, sem soluções, fazendo-se valer da vitória por 1-0 na primeira mão. E, por falar no jogo em Itália, que ficou decidido com um golo da marca de grande penalidade, Kondogbia fez tudo para arrancar uma aos italianos, pagando na mesma moeda. Entrou na área da Juventus em força e foi barrado por Vidal e Chiellini, à passagem do minuto 36. O árbitro nada assinalou mas os franceses ficaram com razões para se queixarem. 

A caminho do intervalo, o Monaco ainda apanhou dois sustos. Primeiro foi Raggi a perder a bola na defesa para Tévez que, estranhamente, não quis nada com a baliza. Depois foi o mesmo Tévez a assustar Subasic, com um remate que passou perto do poste. A Juventus chegava ao intervalo com apenas dois remates, igualando o seu pior registo em todas as provas. Faltavam pernas ao 11 mais velho da Vecchia Signora na história da Liga dos Campeões, com uma média de idades de 31 anos e 28 dias. A boa notícia, para a Juventus, era que em 23 jogos jogos em que chegou ao intervalo empatada a zeros, perdeu apenas seis. Para o Monaco, este resultado não significava nada de novo já que oito dos seus 10 jogos esta temporada, na Liga dos Campeões, foram para o intervalo sem golos.

A segunda parte começou a cheirar a golo, com Buffon a fazer mal as contas a um cruzamento de Moutinho, deixando a baliza deserta. Sorte para a defesa italiana, que chegou primeiro e aliviou a bola. Logo de seguida, aos 56’, a defesa da Juventus perdeu-se com a bola e isolou Berbatov, que viu um muito atento Buffon sair-se aos seus pés, afastando o perigo. A partir daqui, até o próprio Monaco pareceu abdicar do jogo e, mesmo no final do jogo, aos 90’, viu Pirlo acertar um livre na trave. No final, Allegri provou a Conte que é possível comer por 10 euros num restaurante de 100, ainda por cima no principado. A Juventus volta a marcar presença nas meias-finais da Liga dos Campeões, 12 anos depois.