França: Houve “vontade de destruir o avião”

França: Houve “vontade de destruir o avião”


O procurador-geral de Marselha informou, ao final da manhã desta quinta-feira, que tudo indica que a queda do avião da Germanwings foi um acto suicida. 


Na quarta-feira o “The New York Times” já tinha avançado que um dos pilotos teria ficado trancado fora do cockpit momentos antes da queda, sendo que esta manhã as autoridades confirmaram que foi o comandante quem ficou do lado de fora. “Foi o co-piloto que carregou no botão para descer” revelou esta manhã o responsável francês. Os dados indicam que “o co-piloto tinha vontade de destruir o avião”.  Perante estas informações, as autoridades assumem, actualmente, que a queda do A320 foi um acto suicida.

O comandante saiu da cabine por momentos, explicou ainda o procurador em conferência de imprensa, esta manhã, e deve ter-se apercebido de algo entretanto. No entanto, quando tentou voltar “para a cabine já estava fechada”, trancada pelo co-piloto. Os dados das caixas negras foram analisados durante esta noite pelas autoridades.

O “Le Monde” avança ainda que apesar de o comandante ter cerca de dez anos de experiência e mais de seis mil horas de voo, sendo que o co-piloto teria entrado na empresa somente no final de 2013. Esta é informação que ainda não está confirmada oficialmente. O “Le Monde” escreve ainda que este último, que as autoridades apontam como o provável responsável pela queda do avião, teria apenas algumas centenas de horas de voo. O nome que está a ser avançado é o de Andreas Lubitz, um alemão de 28 anos. Segundo as autoridades as “respostas do co-piloto durante o briefing foram breves” e que “antes o diálogo era normal, simpático, alegre”.

Na conferência de imprensa, os responsáveis franceses referem que para já seguem a tese de homicídio involuntário, sendo que a investigação continua a decorrer.