Morreu Herberto Helder, o poeta da palavra

Morreu Herberto Helder, o poeta da palavra


O escritor e poeta português, Herberto Helder, morreu esta segunda-feira, na sua casa em Cascais.


Natural do Funchal, na Madeira, e de ascendência judaica, entrou na Faculdade de Direito de Coimbra, mas, em 1949, mudou para Letras onde, durante três anos, estudou Filologia Romântica.

Herberto Helder esteve ligado, no início, ao surrealismo e durante a década de 1950 frequentou o grupo Café do Gelo, de que faziam parte nomes como Mário Cesariny, Luiz Pacheco, António José Forte, João Vieira e Helder Macedo.

Além de grande poeta era conhecido também por ser uma figura misteriosa.

Considerado um dos maiores poetas portugueses, lançou o primeiro livro, “O Amor em Visita”, em 1958. No ano de 1963 foi publicada a sua primeira obra de ficção, o livro de contos “Os Passos em Volta”. Muitos dos seus livros, com apenas uma edição, tornaram-se obras raras.

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Além de grande poeta era conhecido também por ser uma figura misteriosa. Não gostava de dar entrevistas, nem de se deixar fotografar. Recusava prémios, como o aconteceu com o Prémio Pessoa, que lhe foi atribuído em 1994, mas que não aceitou receber.

Em comunicado, a Porto Editora lembrou Herberto Helder como “nome cimeiro da literatura portuguesa contemporânea, poeta maior que ficará entre a meia dúzia de nomes incontornáveis da poesia portuguesa do século XX”.  Adianta ainda que o funeral, reservado à família, realiza-se amanhã, quarta-feira.

“A Morte Sem Mestre” foi o seu último livro a ser publicado, em 2014.