AiWeiWei. Enfim, podemos conhecer o chinês que não se calou


Em 2011 foi preso por 81 dias sem nunca ter sido acusado oficialmente. Um dos maiores artistas contemporâneos edita agora, pela mão da Taschen, o primeiro livro que reúne a sua vida e obra. Miguel Branco aventura-se por esses terrenos e descodifica-lhe tudo, para que não fique com os olhos em bico       [[{“fid”:”2125498″,”view_mode”:”teaser”,”type”:”media”,”attributes”:{“height”:220,”width”:198,”class”:”media-element…


Em 2011 foi preso por 81 dias sem nunca ter sido acusado oficialmente. Um dos maiores artistas contemporâneos edita agora, pela mão da Taschen, o primeiro livro que reúne a sua vida e obra. Miguel Branco aventura-se por esses terrenos e descodifica-lhe tudo, para que não fique com os olhos em bico  

 

 

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Em 1995, o artista chinês decidiu retratar a obra que chamou “Dropping a Han Dynasty Urn”. E percebe-se o título, é que a sua pose quase parece querer dizer: “Ups, caiu”. Esta é só mais uma forma de dizer o que não deve ser dito que Ai Weiwei explora. A bandeira da contestação parece estar-lhe nos genes, o seu pai AI Qing foi um poeta que em 1958 foi denunciado durante a Campanha Antidireitista. Acontecimento que fez com a sua família tenha sido enviada para um campo de trabalho e, em seguida, para o exílio. Weiwei tinha um ano de idade e só regressou a Pequim quando tinha 16, em 1976, quando Mao Tsé-Tung morreu.

 

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“Descending Light”, 2007, é uma instalação feita a partir de luzes eléctricas, cristais de vidro e aço. É quase impossível não comparar a obra à figura ao dragão chinês que faz parte da mitologia chinesa e que é um dos maiores símbolos nacionais.

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Quase dá vontade de fazer o jogo da cadeira, não fosse esta uma obra de arte de grande valor e a coisa até se fazia. Porém, estes 40 bancos de madeira da Dinastia Qing compõe “Grapes”, trabalho que Weiwei fez em 2010
 

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O vaso faz parte de um conjunto de intervenções que o artista chinês fez numa dezena de vasos neolíticos. “Coca-Cola Vase” é de 2008 e foi pintado a dourado por Weiwei. Em 2013, numa exposição em Miami, um artista local foi preso e obrigado a pagar 1 milhão de dólares por ter partido um dos vasos num acto espontâneo de protesto. Os vasos têm 2 mil anos de vida e remontam à Dinastia Han. O artista disse ser fã de Weiwei e que o fez sem saber do valor em causa, como forma de se manifestar contra a excessiva aposta em artistas internacionais, em detrimento dos nacionais

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Em 2010, Weiwei dedicou-se a um “Circle of Animals”. Que é igual a dizer que fez um busto em bronze de 12 animais diferentes, do cão ao coelho e ao tigre. Tudo suportado por uma base de mármore. Cada peça ronda entre os 600kg e os 1000kg