CDS-PP/Açores diz que República está em “dívida” para com a RTP regional


O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, disse hoje que a República tem uma dívida em relação à RTP açoriana, na qual não investe “um tostão” há anos, ao contrário do que aconteceu na Madeira. “Acho que há uma dívida, diria até quase de gratidão, pelo serviço público que a RTP/Açores tem prestado, da República para…


O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, disse hoje que a República tem uma dívida em relação à RTP açoriana, na qual não investe “um tostão” há anos, ao contrário do que aconteceu na Madeira.

“Acho que há uma dívida, diria até quase de gratidão, pelo serviço público que a RTP/Açores tem prestado, da República para com os Açores, que fez instalações completamente novas na Madeira e há anos que não investe rigorosamente um tostão nos Açores”, afirmou.

Artur Lima falava aos jornalistas no arranque das jornadas parlamentares do partido, em Ponta Delgada, que começaram com uma reunião com a direção do grupo RTP/Açores.

O dirigente do CDS disse que pretende “sensibilizar” o Governo da República para a “questão importantíssima” do apoio que a rádio e a televisão públicas nos Açores têm de ter ao nível técnico, de instalações e de recursos humanos, “numa região arquipelágica” e com uma realidade diferente da continental “e mesmo da madeirense”.

“A RTP, rádio e televisão, são instrumentos fundamentais da coesão territorial, da coesão social e da identidade cultural de um povo, que é o povo dos Açores”, sublinhou.

Artur Lima defendeu investimento a nível das instalações da RTP em São Miguel (para onde defendeu um edifício novo, de raiz), assim como nas delegações da Horta e do Faial. O CDS pede ainda investimentos a nível técnico e que nas restantes ilhas haja “correspondentes com dignidade de representarem a RTP, a informação dos Açores”.

O dirigente do CDS considerou que tem de haver, por exemplo, condições para fazer diretos de todas as ilhas, “até por questões de emergência, da proteção civil”.

Para Artur Lima, este é o momento de “tomar decisões”, atendendo ao novo quadro comunitário de apoio, para 2014-2020, considerando será o “último generoso”.

Neste contexto, defendeu um “consenso alargado” em relação a esta matéria que envolva a direção da RTP/Açores, a administração da RTP e os governos regional e da República, deixando “a querela política” de lado.

Segundo Artur Lima, há no Governo da República “sensibilidade” para a necessidade de haver “um investimento na Região Autónoma dos Açores”.

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa