Montalegre atribui subsídio a famílias com três filhos ou mais e paga creche


A Câmara de Montalegre vai apoiar financeiramente as famílias com três filhos ou mais e dar “cerca de 100 euros” por mês para pagar a creche, avançou hoje à Lusa o presidente, Orlando Alves. O autarca explicou que o apoio à família e auxílio à frequência de creche entrará em vigor no dia 21 de…


A Câmara de Montalegre vai apoiar financeiramente as famílias com três filhos ou mais e dar “cerca de 100 euros” por mês para pagar a creche, avançou hoje à Lusa o presidente, Orlando Alves.

O autarca explicou que o apoio à família e auxílio à frequência de creche entrará em vigor no dia 21 de março e visa aumentar a natalidade, fixar pessoas e melhorar as condições de vida das famílias mais carenciadas do concelho de Trás-os-Montes.

Os agregados familiares com três ou mais filhos até aos 12 anos, explicou, irão receber um “abono de família” que varia entre os 20 e os 30 euros por mês.

E, acrescentou, “começamos, este ano, a partir do terceiro filho, mas se sentirmos que há agregados familiares que estejam em situação debilitada estamos sempre em condições de alterar o regulamento, possibilitando, deste modo, que o segundo filho seja beneficiário deste apoio que será pago nos 12 meses do ano”.

Para usufruir do apoio o agregado familiar deverá residir no concelho há, pelo menos, um ano.

Orlando Alves considerou que o abono de família foi “criminosamente” retirado às famílias pondo em causa a sua estabilidade financeira.

Além da componente solidária à família, a autarquia irá dar aos agregados cujo rendimento mensal seja igual ou inferior ao salário mínimo “cerca de 100 euros” por mês para suportar as despesas com creches de crianças até aos três anos.

“As famílias gastam o que têm e o que não têm para colocarem os seus filhos nas creches onde as prestações mensais são escandalosamente exageradas”, frisou.

Por esse motivo, entendeu, os pais desistem de ter filhos.

O autarca ainda não sabe quanto é que a medida vai custar aos cofres do município, mas desvaloriza valores.

“O que quero é acudir às necessidades de quem está em situação de aflição, o montante não está em causa”, frisou.

No atual momento de crise, na opinião do presidente, mais importante do que fazer obras é inventariar e responder às carências das pessoas do concelho de Montalegre.

Segundo Orlando Alves, o envelhecimento e a diminuição da população traz consequências negativas ao desenvolvimento económico local.

 

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa