A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) registou 17.116 reclamações entre julho e setembro do ano passado, mais 5,3% do que no trimestre anterior, divulgou o regulador na sua página eletrónica.
Os serviços de comunicações eletrónicas (incluem serviços de voz, internet e televisão) foram os mais reclamados pelos utilizadores, representando 19,4% do total das reclamações recebidas neste período, seguidos dos serviços postais (12,3%).
Em relação às reclamações sobre a televisão digital terrestre (TDT), estas representaram 3,1% do total e os serviços de valor acrescentado 0,4%.
“O principal meio de entrada de reclamações na Anacom foi o livro de reclamações”, representando 73% do total.
Por segmento, os serviços de comunicações eletrónicas foram responsáveis por 13.587 das reclamações, o que se traduziu num aumento de 5,6% face ao segundo trimestre.
“No que respeita aos assuntos com mais reclamações por serviço destaca-se, em linhas gerais, o peso dos problemas contratuais em todos os serviços, muito embora face ao trimestre anterior este universo de questões tenha diminuído genericamente 1,5 pontos percentuais”, explica o regulador.
No serviço telefónico móvel, responsável por 3.286 reclamações, que aumentaram 2,8%, as questões relacionadas com equipamentos representaram pouco mais que metade (51,3%) das queixas, com o desbloqueamento de equipamentos em destaque.
Sobre os contratos, as queixas representaram um quarto (25,2%) dos problemas reportados, com as questões relativas à informação pré-contratual e as condições contratadas em destaque.
No serviço de acesso à internet, que agregou 1.634 reclamações (subida de 17%), a maioria dos clientes reportou problemas contratuais (65,2%), nomeadamente em relação à velocidade do serviço e ao cancelamento do contrato.
“No entanto, o peso das questões contratuais, no seu todo, decresceu 5,2% face ao período anterior”, apontou o regulador.
A televisão paga contabilizou 1.234 reclamações (mais 17,9%), com a maioria das queixas a incidir nas questões contratuais (70,8%), relacionadas com alterações das condições pelos operadores e o cancelamento dos contratos.
A Anacom adianta que face ao segundo trimestre, o peso das questões contratuais reduziu 3,5 pontos percentuais.
No telefone fixo, as reclamações subiram 2,6% para 972 reclamações, com a maioria das queixas relacionadas com a informação pré-contratual prestada e cancelamendos de contratos, “entre outras questões diversas sobre condições contratadas (40,8%), registando-se um decréscimo no seu peso face ao total de reclamações de 4,8%”.
A portabilidade do número (27,1%) e a avaria do serviço (18,9%) foram outros dos problemas mais reportados no terceiro trimestre de 2013.
Os serviços postais totalizaram 2.101 reclamações, menos 8,8% que no trimestre anterior, com o envio de correspondência (44,4%) a reunir o maior número de queixas, seguido das estações e postos de correios (23,3%) e envio de encomendas (15,7%).
“O assunto mais frequentemente identificado nas reclamações dos utilizadores está relacionado com as falhas na distribuição de envios postais – atraso, extravio, dano –, com 42,8% das reclamações, seguido do atendimento ao cliente e das falhas na entrega ao destinatário, com 24,9% e 22,4% das reclamações, respetivamente”.
A Anacom refere que se verificou “um decréscimo acentuado dos registos relativos ao encerramento de postos ou estações de correios (91,1%), baixando assim a sua representatividade neste setor para 1,2%, decrescendo em 11,4% o seu peso face ao trimestre anterior”.
*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela Agência Lusa