Francesco Franchi está convencido que vai mudar o mundo e isso é bonito. Pelo menos o mundo dele, o do design de “conteúdos editoriais”, como nos diz. O italiano não gosta de limitar o trabalho a jornais, revistas, sites, tablets ou todas as outras plataformas que actualmente fazem desfilar notícias, reportagens, entrevistas e outras criações da mesma família. Franchi conta que está a “cozinhar novas ideias, novos formatos, diferentes linguagens visuais”. É um dos designers mais influentes do momento e o ponto de partida para esta demanda por novas soluções está em “Designing News”, livro que reúne aquilo que Franchi descreve como “exemplos de inovação e arrojo”.
Os comentários que nos deixa surgem acompanhados por um “conheço bem o i, é um dos jornais incluídos neste livro”. Gostamos da frase, deixamos um “ainda bem” orgulhoso (não faz mal a ninguém) e seguimos caminho. Este livro quer dizer ao mundo que o que compramos nos quiosques, de carne e osso ou digitais, está em profunda mudança e tem muito para oferecer de surpreendente. Mas Franchi pretende dizê-lo aos mortais comuns ou aos profissionais da área? “Procurei organizar o livro de forma a chegar a toda a gente”, afirma. “Com “Designing News” quero mostrar aos designers o que eles e outros colegas de profissão estão a fazer. Mas também quero que os leitores de jornais ou sites se identifiquem nestas páginas, para que percebam que fazem parte de um mundo vasto e que aí há muito por descobrir, sempre em transformação.”
Francesco Franchi vai das primeiras páginas às infografias, das ilustrações aos trabalhos tipográficos, dos formatos e do papel aos últimos e mais desafiantes lançamentos para tablets. Sempre com a explicação em texto como companhia, mas a apostar sobretudo no visual da matéria em causa. “Todos sabemos que o aspecto visual não basta mas, ao mesmo tempo, é a melhor forma de seduzir alguém que está com dúvidas, de convencer os indecisos a optar por um jornal ou revista ou pelos títulos que estão exactamente ao lado.”
Pedimos a Franchi exemplos de publicações que, nestes dias, vão fazendo a diferença. Podia ir pelo “New York Times”, o “Guardian”, a sua “IL” ou a “Monocle”. Escolhe a diplomacia, ao dizer que “está tudo no livro” e que “todos os dias aparecem ideias novas em sítios diferentes”. Quer que investiguemos e que ocupemos a vista com o que vai acontecendo. “É o momento certo para isso”, diz.
