The Guardian lança edição online gratuita na Austrália


O jornal britânico The Guardian lançou hoje uma edição “online” gratuita na Austrália, prometendo independência editorial e uma abordagem multimédia. A edição ‘online’ australiana do jornal, arranca com uma entrevista à primeira-ministra australiana, Julia Gillard, indicou a chefe de redação para a Austrália, Katharine Viner. Os dois principais grupos de ‘media’ – Fairfax et News…


O jornal britânico The Guardian lançou hoje uma edição “online” gratuita na Austrália, prometendo independência editorial e uma abordagem multimédia.

A edição ‘online’ australiana do jornal, arranca com uma entrevista à primeira-ministra australiana, Julia Gillard, indicou a chefe de redação para a Austrália, Katharine Viner.

Os dois principais grupos de ‘media’ – Fairfax et News Limited (braço australiano do grupo Murdoch, que controla cerca de 70 % da imprensa do país) –, optaram por um modelo em que o acesso aos conteúdos é pago.

“A partir de hoje, vamos fornecer artigos, blogs, opinião e interatividade e apoiarmo-nos nas mais recentes tecnologias (…), a fim de atrair os leitores de uma nova forma”, declarou a chefe de redação citada pela agência noticiosa francesa AFP.

Segundo o The Guardian, a versão eletrónica do jornal é já consultada regularmente por 1,1 milhões de australianos, colocando o país no quarto lugar do ‘ranking’, a seguir à Grã-Bretanha, Estados Unidos e Canadá.

O site do Guardian é o terceiro mais visto no mundo entre os títulos de jornais na Internet, com 38,9 milhões de leitores, de acordo com dados relativos a dezembro, citados pela consultora norte-americana Comscore, especializada em estudos sobre a Internet.

O britânico Daily Mail (50 milhões) e o norte-americano New York Times (48,6 milhões) são os dois mais lidos ‘online’.

Há um ano, o grupo Fairfax e o News Limited anunciaram despedimentos em grande escala (1.900 no primeiro e cerca de 1.000 no segundo, de acordo com a imprensa), bem como outras restruturações.

O Guardian Australia recebeu ajuda financeira, cuja quantia não foi revelada, por parte do empresário e filantropo Graeme Wood, que tem vindo a investir no site de informação ‘online’ The Global Mail, dedicado ao jornalismo de investigação e sem fins lucrativos.

 

*Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico aplicado pela agência Lusa