O vinho português está em alta no seu reconhecimento internacional. Não tem ainda o reconhecimento que a sua qualidade e os bons preços merecem, mas não pára de ganhar medalhas em concursos prestigiados.
Num comunicado da Viniportugal pode ler-se que este ano e até Outubro já vieram para Portugal 1371 medalhas: 297 no Concours Mondial de Bruxelles, 484 no International Wine Challenge, 291 no Decanter Wine Awards, 159 no Mundus Vinis e 140 no China Wine & Spirits Awards 2012, registando a elevada taxa de sucesso já que cerca de 80% dos vinhos nacionais inscritos foram premiados.
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, afirma que o sucesso se deve ao bom trabalho dos produtores que procuram afirmar o carácter diferente do vinho português com a utilização das muitas castas autóctones que possuímos, mas procurando ir ao encontro dos gostos do mercado.
Segundo dados do comunicado, Portugal é o 12º maior produtor mundial de vinho, mas afirma-se como 10º no ranking do comércio internacional deste produto, já exportando 42% do que produz, havendo ainda trabalho a desenvolver ao nível da promoção internacional da marca Wines of Portugal e muito mercado para conquistar.
No Concours Mondial de Bruxelles, entre mais de oito mil vinhos, Portugal conquistou 297 medalhas, posicionando-se à frente de importantes países produtores como Itália, Chile e Austrália. Foi ainda entregue a Portugal o prémio melhor vinho tinto em competição, classificação que destacou Poliphonia Signature 2008, vinho tinto alentejano da Granadeiro Vinhos.
No International Wine Challenge, com 49 medalhas de ouro e um total de 484 medalhas, Portugal assegurou o terceiro lugar à frente de países como Espanha, Chile e Itália.
No Decanter World Wine Awards 2012, Portugal conquistou 6% das medalhas de ouro e um total de 291 medalhas. A Casa Ferreirinha foi também distinguida internacionalmente com o prémio “Produtor do Ano 2012, um prestigiado prémio da norte-americana Wine & Spirits Magazine.
O vinho português foi ainda reconhecido com 159 medalhas no concurso internacional de vinhos Mundus Vini 2012 (organização da editora alemã especializada em vinhos e bebidas alcoólicas Meininger Verlag) , somando uma medalha grande gold, 57 de ouro e 101 de prata entre 6019 vinhos de 44 países a concurso.
Portugal garantiu ainda uma boa participação na competição China Wine & Spirits Awards 2012, classificando-se, com 140 medalhas, como o segundo país mais premiado, sendo apenas batido pela Austrália.
Por cá temos provado alguns novos lançamentos, destacando o Torre, o novo topo de gama da Herdade do Esporão, as novidades de Paulo Laureano da Região Lisboa, e o Vinhas Velhas da Herdade das Servas, bem como a nova colheita de Ponte das Canas da Herdade do Mouchão. De todos publicaremos notícia mais desenvolvida para a semana.
Mas há também lançamentos de vinhos de outros patamares mais acessíveis. É com eles que ficamos hoje. Vamos às notas de prova:
CONDE DE VIMIOSO BRANCO 2011 (2,5€) este vinho da Região Tejo é feito de arinto e fernão pires por João Portugal Ramos. Suave e fresco de aromas com notas a ananás e a manga, combinados com notas florais de rosa. Na boca é interessante, com boa envolvência e o final é perfumado. Beba-o fresco com pratos de peixe, saladas e carnes brancas. Uma boa relação preço/qualidade.
QUINTA DA ALORNA VERDELHO BRANCO 2011 (4€) é feito de uvas da casta verdelho. Notas de fruta tropical, sobretudo maracujá. Na boca revela boa acidez, boa complexidade e frescura. Bom como vinho de conversa ou a acompanhar peixe grelhado ou saladas frias.
QUINTA DA ALORNA ARINTO BRANCO 2011 (4€) é um vinho extreme da casta arinto. Boa acidez, com predominância de aromas cítricos e notas de aniz e amêndoas. Final mineral muito agradável.