Os chineses da Geely compraram a Volvo, mas para já a marca sueca continua a ser uma empresa com todo o seu ADN europeu. Prova disso é o recente lançamento do V40, um hatchback de 5 portas, com toque desportivo e que o responsável máximo da marca, Stefan Jacoby, um alemão originário do grupo VW, imaginou para combater os compactos germânicos, o BMW Série 1, o Audi A3 e o recentíssimo (já apresentado mas só à venda em Setembro) Mercedes Classe A. Se vão ou não consegui-lo só o futuro o dirá, mas no teste que realizámos no norte de Itália, as impressões que ficaram foram altamente positivas.
Em termos de materiais e de qualidade de construção o novo Volvo bate-se muito bem com os premium atrás citados. Em andamento também deixou muito boas impressões e quanto ao capítulo inovação e segurança, trata-se de um Volvo e está tudo dito. Por exemplo, para lá das tecnologias já conhecidas, como por exemplo o sistema anti-atropelamento de peões, ou se preferirmos podemos chamar-lhe sistema de travagem de emergência em cidade (estreado há um par de anos no S60, mas que agora actua abaixo dos 50 km/h, em vez dos 40km/h anteriores), e que agora surge associado a um sistema de airbag que amortece a cabeça e o corpo do atropelado, com a almofada a encher-se entre o capô e o pára-brisas. Também no interior a tecnologia cria o estilo e o ambiente que mais se desejar, não só ao nível de iluminação, como também de informação no visor central e, obviamente na utilização de novas tecnologias. O estilo é claramente Volvo
O painel de instrumentos é um ecrã TFT (semelhante ao dos computadores portáteis) dividido em três zonas, e que o condutor pode personalizar a seu gosto, dentro das três opções disponíveis (Elegance, ECO e Sport).
Mexer naqueles sistemas todos é que obriga a muita prática, ou então a ter mesmo de parar o carro, mas depois de algum treino os resultados são espectaculares.
No teste realizado tivemos oportunidade de conduzir as várias motorizações, diesel (de origem PSA) nomeadamente a D2 1,6 litros de 115 cv, a D3 com 2,5 litros e 150 cv e o mesmo bloco mas com 177 cv.
Ao volante sente-se grande confiança porque o carro curva muito bem, trava bem e a direcção está muito bem regulada, transmitindo uma sensação de alta segurança, mesmo em estradas de montanha muito encaracoladas. Quanto a consumos do D2, apesar dos anunciados 3,6 litros em ciclo combinado, não conseguimos melhor do que 6,7 litros, mas também não se pode dizer que andámos a poupar. A gama tem três níveis de equipamento e muitos packs opcionais.
Chega a Portugal em Setembro, mas já há pré-encomendas. Nas versões Kinetic (menos equipadas), o D2 de 115 cv custa 28 150€ e o D4 de 177 cv 34 650€.
O gasolina disponível no nosso mercado será o T4 de 180 cv e custa 32 955€.