A Confederação do Turismo Português (CTP) classificou hoje como “inaceitável” a sugestão feita esta semana pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, de uma taxa por dormida de turistas para preservação do património.
“Uma medida desta natureza, a par de outras que têm sido sugeridas e aplicadas, parecem querer destruir o principal setor a quem se reconhece capacidade para contribuir significativamente para a recuperação económica do país”, declarou a CTP, em comunicado.
Segundo a confederação, tal taxa podia contribuir para “afastar turistas e pôr em causa a competitividade de Portugal como destino turístico”.
“A Confederação do Turismo Português não consegue compreender como os responsáveis políticos continuam a lançar ideias e propostas que são claramente atentatórias do setor do Turismo e revelam falta de conhecimento da realidade”, acrescentou a instituição liderada por Francisco Calheiros.
No final de junho, a CTP anunciou hoje que ia solicitar uma reunião de urgência à Associação Nacional de Municípios Portugueses para demonstrar "as consequências negativas" que terá a criação de taxas turísticas pelas autarquias.
“A CTP quer demonstrar o impacto negativo que a criação de taxas turísticas pelas autarquias nacionais terá na economia regional, bem como no turismo em geral”, disse, na altura, o presidente da Confederação, Francisco Calheiros.
Em causa está a taxa turística criada pela Câmara Municipal de Vila Real de Santo António que vai ser cobrada aos turistas que pernoitam em unidades de alojamento neste destino, no valor de um euro por dormida, no final do verão.