O conselheiro do Governo António Borges considerou hoje que "seria muito pouco vantajoso para Portugal" pedir um adiamento do programa negociado com os credores internacionais (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
"Julgo que seria muito pouco vantajoso para Portugal, seria até uma grande deceção [pedir o adiamento]. Pode vir a acontecer, por razões que muitas vezes estão fora do nosso controlo, mas seguramente esse não é o plano", afirmou o economista aos jornalistas, à margem da apresentação de um livro de António Pinto Leite, da Associação Cristã de Empresários e Gestores, em Lisboa.
"As coisas estão a correr melhor do que se pensava em Portugal, no sentido que que estamos a ter um ajustamento muito mais rápido do que se previa e, portanto, há bastante boa probabilidade de se conseguir atingir os objetivos do programa dentro do programa, o que significa que não precisamos de outro programa nem de mais tempo", sustentou.
O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Miguel Frasquilho defendeu hoje que a "troika" devia flexibilizar os prazos do ajustamento financeiro de Portugal, concedendo mais dois anos para o cumprimento das metas fixadas e financiamento adicional.