Presidente do SPAC. Intervenção do Governo foi decisiva para cancelamento da greve na TAP


O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Jaime Prieto, considerou que a intervenção do Governo foi hoje decisiva para o cancelamento da greve na TAP, que iria começar quinta-feira. "Foi decisiva a intervenção do Governo, dando um acompanhamento a uma situação que se prolongava há muito no seio da empresa e que…


O presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Jaime Prieto, considerou que a intervenção do Governo foi hoje decisiva para o cancelamento da greve na TAP, que iria começar quinta-feira.

"Foi decisiva a intervenção do Governo, dando um acompanhamento a uma situação que se prolongava há muito no seio da empresa e que envolvia diretamente os pilotos. Temos a certeza de que o Governo ficou sensibilizado para a necessidade de a TAP ter um clima laboral estável e saudável", disse Jaime Prieto à agência Lusa.

O sindicalista explicou que a greve foi desconvocada porque foi iniciado "um processo de diálogo" que "irá trazer, garantidamente, frutos a curto prazo".

Jaime Prieto defendeu que "o direito à greve deve ser entendido como um último recurso".

"Infelizmente, devido a uma situação que se tem prolongado, chegámos a uma situação de conflito agravado, em que não tivemos outra solução senão o recurso à greve", afirmou.

O SPAC espera que sejam marcadas novas reuniões com a administração da companhia aérea, "com a intervenção do Governo", e que "o clima laboral tenha uma franca melhoria para que todos possam contribuir para o crescimento da TAP no futuro".

A greve dos pilotos da TAP foi desconvocada ao início da tarde de hoje.

A decisão do SPAC surgiu depois de o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, ter dito de manhã, em Luanda, que o Governo estava "a fazer tudo" para conseguir o cancelamento da greve e depois de o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, ter afirmado, em Braga, que queria "evitar soluções que não são desejáveis".

Passos Coelho fez esta declaração quando foi questionado sobre a possibilidade de o executivo avançar para uma requisição civil na TAP.

O SPAC entregou a 21 de junho o pré-aviso para uma greve entre 05 e 08 de julho e 01 e 05 de agosto, tendo o presidente do sindicato justificado na altura a decisão com um "clima de intimidação” para contornar “práticas de gestão deficitárias”, como a falta de pilotos.