Metro do Porto: Rui Rio deve chamar primeiro-ministro ao processo, diz líder do PS Porto


 líder da Distrital do PS/Porto, José Luís Carneiro, defendeu hoje que Rui Rio deve reagir à “humilhação pública” a que foi sujeito na escolha dos gestores para o metro, reclamando a intervenção do primeiro-ministro no processo. “O doutor Rui Rio, enquanto presidente da Junta Metropolitana do Porto, deveria exigir ao primeiro-ministro uma audiência no sentido…


 líder da Distrital do PS/Porto, José Luís Carneiro, defendeu hoje que Rui Rio deve reagir à “humilhação pública” a que foi sujeito na escolha dos gestores para o metro, reclamando a intervenção do primeiro-ministro no processo.

“O doutor Rui Rio, enquanto presidente da Junta Metropolitana do Porto, deveria exigir ao primeiro-ministro uma audiência no sentido de lhe expor os factos que enunciou publicamente e exigir de Pedro Passos Coelho que, ele próprio, tome uma atitude no que diz respeito à necessidade de garantir o cumprimento dos compromissos do Estado para com a região”, disse José Luís Carneiro, que falava aos jornalistas à margem da 12.ª Tertúlia do Infante de Sagres, sobre o Norte e o desenvolvimento de Portugal.

O dirigente distrital socialista considerou que Rui Rio foi votado, nesta matéria, a uma “humilhação pública”, na medida em que, “depois de assumir um compromisso com o Ministério da Economia, esse compromisso não foi honrado em nome do Estado”.

Recusando o argumento aduzido pelo ministro da Economia, segundo o qual o compromisso não foi honrado porque foi necessário avaliar o currículo das propostas apresentadas, José Luís Carneiro declarou: “Sabemos hoje é que não era necessária essa avaliação, na medida em que se tratava de nomeações para sociedades anónimas, além de que os nomes já tinham sido aceites pelo Ministério da Economia”.

Até agora, disse o líder socialista portuense, Rui Rio tem reagido bem aos desenvolvimentos do processo, ao assumir “oposição a uma atitude que colocou em causa o Estado de direito democrático e colocou em causa o bom funcionamento das instituições”, mas não se deve ficar por aqui.

Na próxima assembleia-geral da empresa de Metro, o autarca do Porto “deve também clarificar” as “interferências” que disse terem surgido “de dentro do próprio Governo e que impediram que o próprio ministro da Economia pudesse manter o compromisso que tinha com a Junta Metropolitana, exortou José Luís Carneiro.

Também questionado pelos jornalistas sobre a matéria, o presidente dos autarcas sociais-democratas, Pedro Pinto – outro dos participantes na Tertúlia do Infante de Sagres – desvalorizou os factos, classificando-os como “peripécias”.

Na sua leitura, “não são essas peripécias que resolvem problemas. Espera é que o resultado final resolva o essencial, que é uma boa gestão dos transportes, uma melhoria e otimização e uma articulação entre os diversos recursos de transporte público”.

A eleição de novos corpos sociais do Metro do Porto foi adiada para 13 de julho, porque a Comissão de Recrutamento e Seleção da Administração Pública levantou reservas quanto à designação de António José Lopes (indicado pela Junta Metropolitana para administrador executivo) e de António Samagaio (escolhido pelo Governo para não executivo) para a administração da Metro do Porto.