Defesa. Portugal e Moçambique assinam acordo para missões militares conjuntas


Os ministros da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco, e de Moçambique, Filipe Nyusi, assinaram hoje em Maputo um acordo que prevê a participação conjunta dos militares dos dois países em missões humanitárias e de paz. O entendimento foi rubricado no quadro da visita de três dias que José Pedro Aguiar-Branco iniciou hoje a Moçambique,…


Os ministros da Defesa de Portugal, José Pedro Aguiar-Branco, e de Moçambique, Filipe Nyusi, assinaram hoje em Maputo um acordo que prevê a participação conjunta dos militares dos dois países em missões humanitárias e de paz.

O entendimento foi rubricado no quadro da visita de três dias que José Pedro Aguiar-Branco iniciou hoje a Moçambique, que prevê ainda a oferta de uma aeronave à Força Aérea de Moçambique, uma visita às instalações da Marinha moçambicana e à Academia Militar Samora Machel, na província de Nampula, norte de Moçambique.

Em declarações à imprensa no final da assinatura do acordo, José Pedro Aguiar- Branco afirmou que o ato marca o início de uma nova etapa da cooperação bilateral no domínio da defesa.

"Hoje assinamos um novo acordo que acho que marca uma nova etapa, porque se prevê a forma e a possibilidade de haver uma cooperação mais estreita em operações de natureza humanitárias e de paz com a participação de militares de ambos os países", sublinhou o ministro da Defesa português.

O pacto, assinalou José Pedro Aguiar-Branco, preconiza igualmente a colaboração entre Portugal e Moçambique no combate à criminalidade internacional, designadamente a pirataria, que tem ameaçado o Canal de Moçambique.

"É importante criar uma dinâmica sustentável na formação de estruturas militares, capitalizando as capacidades e equipamentos de que dispomos", enfatizou o ministro da Defesa de Portugal.

Por seu turno, o ministro moçambicano da Defesa disse que o acordo hoje celebrado permite que a cooperação com Portugal evolua da componente formativa para a dimensão operativa, através do envolvimento dos militares dos dois países em ações no terreno.

"Nós consideramos a componente prática como uma fase muito importante da formação militar, porque os militares vêm da academia e precisam de formação prática no terreno", realçou Filipe Nyusi.