Uma aeronave caiu hoje na Quinta de Manique, a norte do aeródromo de Tires, no concelho de Cascais, provocando dois feridos, informou o Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa.
De acordo com a mesma fonte, a queda do ultraleve ocorreu cerca das 12:00 e no local estão "21 homens apoiados por oito veículos", incluindo uma ambulância do Hospital de São Francisco Xavier.
O comandante adjunto dos bombeiros de Alcabideche, José Costa, disse hoje que a aeronave que caiu na Quinta de Manique, a norte do aeródromo de Tires (Cascais), tinha uma fuga de combustível numa asa.
“A aeronave caiu no meio de um terreno de oliveiras e tem uma pequena fuga de combustível numa asa. Por isso, imobilizámos a avioneta para não haver risco de incêndio”, explicou José Costa, que está a dirigir as operações no local.
Os dois feridos, um em estado grave, foram transportados para o Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa.
No local estão 21 bombeiros apoiados por oito veículos, militares da GNR e elementos dos serviços municipais da Proteção Civil de Cascais e do INEM (Instituto nacional de Emergência Médica).
De acordo com a mesma fonte, no local está também o diretor do Aérodromo de Tires, que "já acionou o gabinete de prevenção e investigação de acidentes aeronáuticos, que irá agora ocupar-se da investigação da queda da aeronave".
Os dois ocupantes feridos são um aluno da escola Awa, de cerca de 30 anos, e um comandante instrutor, informaram fontes no local.
Segundo um outro aluno da mesma escola, a queda da aeronave terá sido motivada por “uma falha no motor”.
“Soube que houve uma aproximação à pista, mas não chegaram a aterrar devido à falha no motor”, contou à Lusa Vitor Afonso, que se encontra na Quinta de Manique com outros alunos da mesma escola.
O diretor da escola AWA, à qual pertenciam os dois ocupantes da aeronave, disse que o acidente ocorreu quando estava a decorrer um treino com um motor desligado.
Renato Pinheiro adiantou à agência Lusa que se trata de uma manobra normal em todas as escolas, que se realiza já no final do curso e que consiste em desligar um dos dois motores da avioneta para saber como o aluno lida com essa adversidade.
"O avião começou a perder sustentação. Alguma coisa terá corrido mal e qualquer causa que se aponte é pura especulação, portanto, vamos esperar pela avaliação técnica para perceber", afirmou.