Lisboa, 03 abr (Lusa) – O presidente da CIP não afastou hoje a possibilidade de os cortes nos subsídios de férias e de Natal se tornarem permanentes e se estenderem ao setor privado, em função de uma “correta política salarial” assente na produtividade.
“Os cortes que hoje foram mencionados não os desejamos, mas o que é facto é que se não alterarmos o rumo do país, se não colocarmos o país a crescer, se não removermos os obstáculos para o desenvolvimento do país, receio que a austeridade continue e que outros cortes possam vir a ser anunciados”, afirmou António Saraiva aos jornalistas, à margem de uma audição na Comissão de Trabalho, na Assembleia da República.
As declarações do presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) surgem no dia em que a Comissão Europeia considerou, no âmbito do relatório sobre a terceira revisão do programa de assistência financeira a Portugal, que os cortes nos 13.º e 14.º meses para a função pública e pensionistas poderão ter de assumir caráter permanente, embora assevere que tal cenário ainda não foi discutido.