Pesticidas estão a matar colónias de abelhas


Investigadores do Reino Unido e de França estudaram os efeitos de neonicotinóides, os insecticidas que são mais utilizados em culturas agrícolas e em jardins. Segundo o estudo, os cientistas descobriram que estes pesticidas provocaram a queda de 85% da produção das abelhas rainha. De acordo com artigos publicados na revista “Science”, muitas vezes os produtos…


Investigadores do Reino Unido e de França estudaram os efeitos de neonicotinóides, os insecticidas que são mais utilizados em culturas agrícolas e em jardins. Segundo o estudo, os cientistas descobriram que estes pesticidas provocaram a queda de 85% da produção das abelhas rainha.

De acordo com artigos publicados na revista “Science”, muitas vezes os produtos químicos são aplicado às sementes antes do plantio. Enquanto a planta cresce, o pesticida fica contido, no entanto, depois passa para o pólen e para o néctar e é assim que pode afectar as abelhas. “Se as colónias estão expostas a pesticidas, a população pode correr o risco de colapso devido a vários factores stressantes”, explica o cientista Mickael Henry do Instituto Nacional Francês de Pesquisa Agrícola.

Nos Estados Unidos, o distúrbio do colapso das colónias arrasou com várias colónias de abelhas. As colmeias perderam trabalhadoras e o impacto na polinização natural, uma peça central central na agricultura, foi substancial.

Para May Berenbaum, chefe de entomologia na Universidade de Illinois, os produtos químicos devem ser utilizados com mais cuidado. “Não há dúvida de que os neonicotinóides estão a ser usados de forma imprudente”, realçou. No entanto, admite que mesmo que estes pesticidas fossem proibidos no mundo, as abelhas ainda assim teriam problemas com patógenos, parasitas, degradação do habitat e uso excessivo de praticamente todas as classes de outros pesticidas químicos. Márcia Oliveira