Bruxelas, 16 dez (Lusa) — A crise da dívida soberana ensombrou a presidência polaca da União Europeia, que a 01 de janeiro passa o testemunho à Dinamarca, outro país fora da zona euro mas cuja agenda será igualmente condicionada pelos problemas na “eurolândia”.
Numa conferência de imprensa conjunta realizada hoje em Bruxelas, o secretário de Estado para os Assuntos Europeus polaco, Mikolaj Dowgielewicz, e o ministro dinamarquês com o mesmo pelouro, Nicolai Wammen, traçaram respetivamente o balanço da presidência polaca no segundo semestre de 2011 e a antevisão da presidência dinamarquesa nos primeiros seis meses de 2012, sendo unânimes em apontar a crise na zona euro como a questão de fundo.
Num cenário em que as presidências rotativas da UE têm cada vez menor relevo, desde a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, que instituiu as figuras do presidente do Conselho (atualmente Herman van Rompuy) e Alta Representante para os Negócios Estrangeiros (Catherine Ashton), os dois responsáveis governamentais também deram conta das dificuldades acrescidas que sentem na (pouca) liderança do bloco europeu em virtude de ambos os países não fazerem parte da zona euro.