Viana do Castelo, 09 dez (Lusa) – A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local acusou hoje o Governo de colocar estas entidades “à margem” da definição das políticas sociais para 2012, as quais “apenas promovem a caridade” e “discriminam” as restantes atividades.
“Com o devido respeito pela caridade, que é um valor que nos é caro também, mas a política social e solidária não é só isso. É também a promoção do debate, da reflexão, da democracia participativa e a opção legislativa está a impedir-nos de fazer parte da solução”, afirmou Ana Paula Dias, da direção daquela entidade.
A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local reúne uma centena de associados individuais, de diferentes setores, e cerca de noventa instituições, que dizem ignorar o futuro, face à política de economia social do Governo, que consideram “exclusivamente orientada para as IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e outras instituições que pautam a sua intervenção por lógicas caritativas”, como acusam.