Em “O Mocho Cego”, o escritor iraniano Sadeq Hedayat faz colidir o modernismo literário ocidental contra as robustas paredes da sua Pérsia natal. O resultado é o escombro da memória posto às costas de um homem, a mala de viagem para um louco à procura de uma qualquer verdade. Só a periférica geografia do autor e da sua língua mãe servem de justificação para a obscuridade desta obra e para a sua tardia chegada à língua portuguesa.
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