Os balanços, as listas, as toscas panorâmicas fazem hoje parte de um cerimonial de despedida que se repete como o estertor de cada ano e que esconde alguma má consciência. Na falta de uma reflexão mais séria, dá a sensação de que “sobra o presente e escasseia o tempo”. Por isso, fica esse gesto apressado, a extrema-unção antes de passar a mão e cerrar os olhos do ano que se fina, para que o seu olhar não nos assombre. Aqui procurámos fazer algo mais: avançar sem fazer pouco do que passou.
JORNAL I
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