Na ordem do dia, muito antes desses modos de auto-privação que são uma disciplina e um luxo, criou-se o hábito de fingir que nada acontece, sobretudo porque nos isenta de ter de buscar mais perto, até remexendo-se, uma justificação para uma tão miserável apatia. Quando se tornou comum na poesia ir escutando umas profanidades que não inquietam demasiado, não transtornam o quotidiano, é bom descobrir depois aquelas que ainda se mostram capazes de romper com ele, traduzindo um ritmo de vida que lhe é estranho. Vamos, então, falar de uma estreia.
JORNAL I
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