Na recentemente apresentada estratégia do Governo de combate à pobreza – tal como, por exemplo, nas palavras de Paulo Rangel em entrevista, há duas semanas, à “Visão” -, cuida-se, finalmente, de principiar um processo de aposta significativa em creches e jardins de infância como motores de combate à pobreza e mobilidade social (ascendente). Desde há muito que um dos maiores especialistas no Estado-Providência, Gosta Esping-Andersen, vem assinalando a centralidade que os primeiros anos de vida de cada pessoa têm na aquisição de capacidades cognitivas e não cognitivas e, bem assim, na fuga à ratoeira da pobreza – e como a concentração de vastos recursos, em instituições de qualidade, que potenciem aquelas capacidades é aposta fulcral e com efeitos, individuais e colectivos, muito positivos a médio e longo prazo.
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