Emil Cioran (1911–1995) foi um autor que se enraizou profundamente na cultura francesa após ter emigrado de Bucareste para Paris nas vésperas da II Guerra Mundial, cultivando um registo ao mesmo tempo sinistro e selvagem, mas cheio de uma inquietante beleza, que fez dele mais um poeta do desespero do que um mero profeta do fim da civilização. O seu primeiro livro escrito em francês, Breviário de Decomposição, foi publicado recentemente pelas Edições 70, numa tradução de Miguel Martins, e nele Cioran procede a um exame implacável das idolatrias e ficções de que se alimenta a alma humana.
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