TikTok. A rede social made in China que tem feito as delícias dos portugueses

TikTok. A rede social made in China que tem feito as delícias dos portugueses


Não é novo mas registou um enorme crescimento nesta fase de pandemia e tem sido responsável por umas boas gargalhadas. Em Portugal, o número de utilizadores do Tik Tok aumentou 36% desde fevereiro. Responsável pela publicidade da empresa não tem dúvidas: “É terapêutico”.


Foi a rede social que mais cresceu durante a pandemia mas não é nova: chama-se TikTok, foi criada em 2016, é made in China e os dados mais recentes dão conta de um número de seguidores acima dos 800 milhões em todo o mundo. Em Portugal, a popularidade da aplicação cresceu durante a quarentena: o TikTok cresceu 36% em Portugal desde fevereiro, avançou ao i Cristina Figueira, Digital Account Manager da Azerion, empresa que comercializa a publicidade no TikTok em Portugal. No total, a aplicação conta atualmente com 1 milhão e 800 mil utilizadores em Portugal, conquistando 500 mil novos utilizadores em apenas dois meses.

“É imenso, tendo em conta que começámos a vender campanhas no TikTok em maio de 2019 e nessa altura tínhamos 800.000 utilizadores. Durante a pandemia houve um maior consumo de produtos de entretenimento e o TikTok sem dúvida que cresceu muito nesta fase”, acrescenta Cristina Figueira.

Dos utilizadores que a aplicação tem em Portugal, 65% são mulheres e 35% homens. Gastam em média 50 minutos por dia no TikTok.

A ideia do TikTok é simples, rápida e divertida: é uma aplicação que permite gravar vídeos curtos, geralmente com dobragens musicais, danças, clipes ou cenas de humor. Por isso, a razão do crescimento não é difícil de adivinhar: “Em tempos de confinamento, o TikTok é terapêutico. Nesta fase foi crucial para as pessoas ocuparem o tempo, desde a criação à comunicação dos vídeos. O TikTok é uma rede social que apela a diversão, à criatividade através das músicas, das coreografias, dos desafios. Isso faz com que haja cada vez mais pessoas a usarem o TikTok para fazerem vídeos divertidos que partilham com os amigos. Esta partilha pode ser feita também em outras redes sociais, o que faz com que o alcance do TikTok seja maior”, defende Cristina Figueira.

Já Filipe Carrera, Coordenador da Pós-Graduação em Marketing Digital do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM), defende que a razão do crescimento desta rede social é a “mesma razão que está na base do crescimento de outras redes sociais”: “A tribo dos utilizadores mais novos da internet quer estar num espaço onde não estejam os pais e os avós, por isso já tinham migrado para o Snapchat e o Instagram e à medida que estas redes vão envelhecendo em termos de utilizadores a mudança é inevitável”, diz ao i.

Para Filipe Carrera este género de aplicações responde a dois tipos de necessidades. “Por um lado, entretenimento rápido e acessível; por outro, nunca como antes as novas gerações tiveram uma necessidade tão grande de afirmação e de pertença a uma tribo, qualquer que ela seja, pode ser de fãs do K-Pop ou tatuagens, e o TikTok dá a perceção de satisfação dessa necessidade”, defende.

Kapinha e Mafalda Teixeira, Sílvia Rizzo, Rita Pereira, Carlos Areia, Gisela João ou até os irmãos Carreira são algumas das celebridades portuguesas que não resistiram em criar uma conta na aplicação do momento. Para Cristina Figueira, esse fator é também importante para trazer mais seguidores: “O crescimento dos famosos no TikTok foi orgânico. Sem dúvida que uma maior partilha de vídeos do TikTok tem ajudado ao crescimento da rede. Os vídeos dos famosos têm um grande alcance e isso faz com que chegue a um maior número de pessoas e traga mais utilizadores também”, acredita a responsável.

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