Pavilhão Atlântico. Chineses na corrida à compra do imóvel


Os chineses estão na corrida à compra do Pavilhão Atlântico, em Lisboa, depois de o governo português ter decidido alienar o espaço. O prazo para a entrega de propostas de compra do edifício terminou na passada sexta-feira, dia 18 de Maio. Mais de 20 empresas mostraram interesse num dos maiores palcos de Lisboa. A produtora…


Os chineses estão na corrida à compra do Pavilhão Atlântico, em Lisboa, depois de o governo português ter decidido alienar o espaço. O prazo para a entrega de propostas de compra do edifício terminou na passada sexta-feira, dia 18 de Maio. Mais de 20 empresas mostraram interesse num dos maiores palcos de Lisboa. A produtora de espectáculos norte-americana Live Nation, a SAD do Sport Lisboa e Benfica, a administração do Campo Pequeno, as produtoras nacionais de eventos e concertos Música do Coração, Everything is New e o promotor Álvaro Covões foram alguns dos nomes que vieram a público. O Benfica confirmou o interesse, “analisou as condições mas acabou por não avançar com o projecto”, afirmou ao i João Gabriel, responsável pelo gabinete de comunicação do clube.

O promotor Luís Montez, da produtora Música no Coração, não quis fazer declarações sobre o assunto, mas o i sabe que apenas três propostas chegaram à administração da Parque Expo manifestando interesse na compra de um dos edifícios emblemáticos da Expo 98. Além dos chineses, a consultora de comunicação António Cunha Vaz é outra das entidades participantes na corrida pelo Pavilhão Atlântico. “De- senvolvemos um projecto próprio juntamente com os objectivos que temos de cumprir”, disse ao i António Cunha Vaz. De acordo com o governo, o comprador terá de manter a “vocação do espaço”, com “uma programação atractiva, variada e culturalmente relevante”. A semana passada a Lusa avançou que a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) fazia parte de um consórcio liderado pela Cunha Vaz & Associados para aquisição do Pavilhão Atlântico. Contactada pelo i, a CIP não confirma nem desmente a existência da candidatura. A empresa de comunicação Cunha Vaz confirma apenas que existem mais duas entidades neste projecto, mas por dever de confidencialidade não quis fazer mais comentários sobre a composição ou os dados da compra.”É um bom negócio, que envolve muito capital”, concluiu o responsável.

Em causa está a alienação do pavilhão em conjunto com as participações que o Estado detém nessa empresa. O imóvel foi avaliado pelo valor de 8,2 milhões de euros líquidos e 64,6 milhões brutos no final de 2010. As propostas a considerar pelo executivo devem ficar entre os 15 e os 20 milhões de euros. A funcionar desde 1998, o Pavilhão Atlântico tem dado um contributo importante para os resultados da Parque Expo. O espaço estava a facturar cerca de 7 milhões de euros ao ano, mas a situação económica do país para os próximos anos apontava para uma quebra anual entre os 5,6 e os 6,4 milhões de euros. A semana passada a comissão de trabalhadores acusou o Estado de agravar a dívida da empresa e de desperdiçar uma carteira de contratos de 30 milhões de euros. O Ministério do Ambiente não quis comentar o processo de venda.