Natal


O consumo disparou apesar da crise. Não nos conseguimos libertar do materialismo, estamos a perder de vista, já há muito tempo, o essencial – as relações humanas.


O Natal é um dia, porém para muitos é um dia especial, da família e sobretudo das crianças, mas para mim esforço-me para que seja mais um dia, mas não consigo passar ao lado.

Para as famílias que se dão bem é bom ter estes momentos, mas, para as famílias que se dão mal nem existem estes momentos.

Para mim, a minha família são os mais chegados, quem me quer bem, com quem me sinto bem e não somente laços de parentesco. Escolher os meus amigos eu posso, a família infelizmente não. Gosto de estar em contacto com pessoas pelas afinidades e afectos.

Para quem não liga nada ao Natal é complicado viver durante esta época natalícia. Parece que o mundo está todo virado para um ritual e, para quem não o faz é mal visto. Esta data para mim é complicada, não ligo muito ao Natal, todavia para a maioria das pessoas é um prazer e uma festa. Tive um irmão que morreu com 12 anos, eu tinha 15 anos e em minha casa deixou de se festejar o Natal, e bem, em sua memória.

O consumo disparou apesar da crise. Não nos conseguimos libertar do materialismo, estamos a perder de vista, já há muito tempo, o essencial – as relações humanas.

Deveríamos cultivar as boas relações, o prazer de estar e do encontro. A crise de valores e da nossa própria conduta imperam. Nesta altura de Natal, muitos de nós relacionam-se com os outros, não por que querem ou lhes apetece, mas sim, porque sentem a obrigação de o fazer.

Eu não o faço, nem me sinto mal com essa atitude e, não me importo, de ser julgado por isso. Não sou hipócrita, não aceito o "ter que ser" para ficar bem visto.

Nesta época de Natal, sinónimo de paz e harmonia, era bom que muita gente que anda zangada com o Mundo, deixasse de criar problemas aos outros, não se metesse na vida dos outros e olhasse mais para a sua vida.  A inveja é a tristeza pelo bem de outra pessoa, mas há sempre alguém melhor do que nós. Take it easy!

Há gente com quem não me dou bem, nem me quero dar, apercebo-me que sofrem de inveja e soberba. Essa gente longe da vista, para não me irritar e aborrecer.

Há gente que só de vê-la me incomoda, outra, tenho simpatia, afecto, cordialidade e até cumplicidade.

Sendo fiel aos meus princípios enviarei meia dúzia de SMS, e-mails e ligarei aos meus pais. A nossa família e os verdadeiros amigos não são o nosso telemóvel!

Não é preciso ser Natal, para me lembrar dos meus verdadeiros amigos, contam-se pelos dedos de uma mão. Os de sempre, podem contar comigo, os outros desculpem, mas não sou hipócrita.

Eu gostava muito que o Natal fosse festejado de outra forma, mas cada vez mais a sua essência perdeu-se.

Woody Allen diz: “odeio a realidade, mas é o único lugar onde se pode comer um bom filé mignon.” Espero estar cá em 2024 para comer um bom filé mignon e vocês a lerem estas alarvidades.

Fundador do Clube dos Pensadores

Natal


O consumo disparou apesar da crise. Não nos conseguimos libertar do materialismo, estamos a perder de vista, já há muito tempo, o essencial - as relações humanas.


O Natal é um dia, porém para muitos é um dia especial, da família e sobretudo das crianças, mas para mim esforço-me para que seja mais um dia, mas não consigo passar ao lado.

Para as famílias que se dão bem é bom ter estes momentos, mas, para as famílias que se dão mal nem existem estes momentos.

Para mim, a minha família são os mais chegados, quem me quer bem, com quem me sinto bem e não somente laços de parentesco. Escolher os meus amigos eu posso, a família infelizmente não. Gosto de estar em contacto com pessoas pelas afinidades e afectos.

Para quem não liga nada ao Natal é complicado viver durante esta época natalícia. Parece que o mundo está todo virado para um ritual e, para quem não o faz é mal visto. Esta data para mim é complicada, não ligo muito ao Natal, todavia para a maioria das pessoas é um prazer e uma festa. Tive um irmão que morreu com 12 anos, eu tinha 15 anos e em minha casa deixou de se festejar o Natal, e bem, em sua memória.

O consumo disparou apesar da crise. Não nos conseguimos libertar do materialismo, estamos a perder de vista, já há muito tempo, o essencial – as relações humanas.

Deveríamos cultivar as boas relações, o prazer de estar e do encontro. A crise de valores e da nossa própria conduta imperam. Nesta altura de Natal, muitos de nós relacionam-se com os outros, não por que querem ou lhes apetece, mas sim, porque sentem a obrigação de o fazer.

Eu não o faço, nem me sinto mal com essa atitude e, não me importo, de ser julgado por isso. Não sou hipócrita, não aceito o "ter que ser" para ficar bem visto.

Nesta época de Natal, sinónimo de paz e harmonia, era bom que muita gente que anda zangada com o Mundo, deixasse de criar problemas aos outros, não se metesse na vida dos outros e olhasse mais para a sua vida.  A inveja é a tristeza pelo bem de outra pessoa, mas há sempre alguém melhor do que nós. Take it easy!

Há gente com quem não me dou bem, nem me quero dar, apercebo-me que sofrem de inveja e soberba. Essa gente longe da vista, para não me irritar e aborrecer.

Há gente que só de vê-la me incomoda, outra, tenho simpatia, afecto, cordialidade e até cumplicidade.

Sendo fiel aos meus princípios enviarei meia dúzia de SMS, e-mails e ligarei aos meus pais. A nossa família e os verdadeiros amigos não são o nosso telemóvel!

Não é preciso ser Natal, para me lembrar dos meus verdadeiros amigos, contam-se pelos dedos de uma mão. Os de sempre, podem contar comigo, os outros desculpem, mas não sou hipócrita.

Eu gostava muito que o Natal fosse festejado de outra forma, mas cada vez mais a sua essência perdeu-se.

Woody Allen diz: “odeio a realidade, mas é o único lugar onde se pode comer um bom filé mignon.” Espero estar cá em 2024 para comer um bom filé mignon e vocês a lerem estas alarvidades.

Fundador do Clube dos Pensadores