Assembleia geral anual do BPI marcada pela quase unanimidade entre accionistas


Os acionistas do BPI hoje presentes ou representados na assembleia geral (AG) anual do banco, correspondentes a 76,52 por cento do capital, demoraram 02:45 a aprovar, praticamente por unanimidade, os cinco pontos da ordem de trabalhos. Depois da retirada dos dois principais pontos, relacionados com o processo de capitalização do banco – uma vez que…


Os acionistas do BPI hoje presentes ou representados na assembleia geral (AG) anual do banco, correspondentes a 76,52 por cento do capital, demoraram 02:45 a aprovar, praticamente por unanimidade, os cinco pontos da ordem de trabalhos.

Depois da retirada dos dois principais pontos, relacionados com o processo de capitalização do banco – uma vez que ainda decorrem as negociações com o Governo com vista ao acesso à linha de recapitalização pública de 12 mil milhões de euros – restaram na agenda os temas habituais das AG anuais.

As questões relativas à alteração de estatutos do banco, com vista a permitir aumento de capital por entradas em dinheiro, e o pedido aos acionistas para “suprimirem” o seu direito de preferência em aumentos de capital através da conversão de dívida obrigacionista do Estado em ações deverão ser votadas numa próxima AG, prevista para Junho.

Segundo adiantou aos jornalistas o presidente do BPI, Artur Santos Silva, em conferência de imprensa no final da AG, o relatório e contas relativo ao exercício de 2011 foi aprovado com 99,99 por cento dos votos, assim como a proposta de aplicação dos resultados de 2011.

Já o voto de confiança e louvor aos conselhos de administração e fiscal mereceu o apoio de 99,91 por cento dos acionistas, enquanto a política de remunerações foi aprovada por 99,93 por cento dos votos e a autorização para aquisição e alienação de ações próprias foi dada por 99,98 por cento dos acionistas.

Sem nada adiantar sobre as negociações com o Governo no âmbito do processo de recapitalização, que garantiu que “não foi sequer discutido” na AG, Santos Silva disse que o processo ainda “está a ser concluído” e prometeu “notícias” para “breve”.

Reiterando considerar “pouco compreensível” a decisão da Autoridade Bancária Europeia (EBA) de impor um rácio de capital ‘core tier 1’ (a medida mais eficaz de avaliar a solvabilidade de um banco) de nove por cento até final de junho, o banqueiro recordou que o BPI “assumiu desde logo que estava a encarar todas as possibilidades, incluindo o recurso ao investimento público, na solução do problema”.

“E isso continua a estar na nossa agenda”, acrescentou.