Nos passados dias 16 e 17, decorreu em Bruxelas a segunda edição da NatCon (National Conservatism). O encontro contou com a presença de nomes sonantes do conservadorismo europeu, como Viktor Orban, Nigel Farage, Suella Braverman e Éric Zemmour. A conferência contou ainda com duas oradoras portuguesas, Teresa Nogueira Pinto e Ossanda Liber.
Porém, o evento teve de ultrapassar várias adversidades, sendo a principal uma pressão política contra os proprietários dos locais para os quais estava previsto o evento. Só à terceira, após os cancelamentos do Concert Noble e do Sofitel Brussels Europe, e com a resistência do proprietário do Claridge às pressões do Presidente da Câmara de Bruxelas, é que o local ficou definido.
Paul Coleman, advogado e diretor executivo da ADF International – organização que tem como bandeira a proteção das liberdades fundamentais –, elogiou o proprietário: «Na terça-feira, o terceiro local e o seu proprietário heróico recusaram cancelar a marcação apesar da inacreditável pressão e ameaças».
Assim, Emir Kir, o presidente socialista da Câmara de Bruxelas, agiu diretamente e ordenou que a polícia bloqueasse o acesso à conferência. A ADF International apresentou recursos relâmpago e ainda na madrugada de quarta-feira recebeu uma decisão favorável por parte do tribunal.
Trata-se de mais um episódio de tentativa de bloqueio político – que o primeiro-ministro belga condenou – a um evento pacífico e demonstra que a intolerância e a polarização da sociedade atual vêm, por vezes, ao de cima.