O Presidente chinês transmitiu esta terça-feira ao chanceler alemão o apoio de Pequim à convocação de uma conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia e com a participação de todas as partes.
“A China encoraja todos os esforços que conduzam a uma resolução pacífica da crise e apoia a convocação atempada de uma conferência internacional de paz reconhecida pela Rússia e pela Ucrânia com a participação de todas as partes”, disse Xi Jinping numa reunião com Olaf Scholz em Pequim.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês revelou que os dois líderes concordaram com a necessidade de “apoiar os princípios das Nações Unidas e opor-se ao uso de armas nucleares ou ataques contra alvos pacíficos ou instalações nucleares”.
Segundo a nota, Xi e Scholz concordaram com a necessidade de “resolver adequadamente as questões de segurança alimentar” e “respeitar o Direito humanitário internacional”.
O Presidente chinês disse ainda que “todas as partes devem trabalhar em conjunto para restaurar a paz o mais rapidamente possível” e que “a paz e a estabilidade devem ser procuradas e os interesses egoístas devem ser postos de lado”.
Segundo o líder chinês, a “situação deve ser refreada e não deve ser acrescentado mais combustível ao fogo, devem ser criadas condições para que a paz possa ser restabelecida e o conflito possa ser impedido de se agravar ainda mais. Temos também de reduzir o seu impacto negativo na economia mundial”.
Xi Jinping sublinhou que “a China não é uma parte nem um participante nestas crises” e que “tem tentado promover as conversações de paz à sua maneira”, acrescentando querer manter “a cooperação com todas as partes, incluindo a Alemanha, a este respeito”.
A China tem apelado ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, referindo-se à Rússia.
Uma das prioridades de Scholz, que termina hoje uma visita de três dias ao país asiático, foi sublinhar junto de Pequim a importância da China como mediadora em conflitos como a guerra na Ucrânia.