EUA. Armas apreendidas ao Irão transferidas para a Ucrânia

EUA. Armas apreendidas ao Irão transferidas para a Ucrânia


Os carregamentos de armas foram apreendidos depois de terem sido transferidos do Corpo da Guarda Revolucionária para os Houthis do Iémen, em violação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU


O Exército dos EUA anunciou esta terça-feira que transferiu armas ligeiras e munições para a Ucrânia, em 4 de abril. O material militar tinha sido inicialmente enviado pelo Irão aos rebeldes Houthis do Iémen e apreendido por Washington.

Este carregamento enviado para Kiev para resistir à invasão russa inclui mais de 5.000 espingardas de assalto AK-47, submetralhadoras, espingardas de precisão, lançadores de granadas e mais de 500.000 cartuchos de espingarda, especificou o Comando Militar norte-americano para o Médio Oriente (Centcom) em comunicado.

Os carregamentos de armas foram apreendidos depois de terem sido transferidos do Corpo da Guarda Revolucionária para os Houthis do Iémen, em violação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU.

As apreensões foram feitas em quatro barcos entre maio de 2021 e fevereiro de 2023, especifica o Exército norte-americano, que promete “fazer tudo para expor e colocar um fim às atividades desestabilizadoras do Irão”.

Em outubro, uma transferência de armas semelhante foi realizada pelos EUA para a Ucrânia, envolvendo 1,1 milhões de cartuchos apreendidos ao Irão, quando os enviou para os Houthis.

Teerão apoia os rebeldes iemenitas, que desde o outono de 2023 têm como alvo o tráfego marítimo no Golfo de Aden e no Mar Vermelho, desestabilizando o comércio mundial.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou no domingo que o seu país perderia a guerra se a esperada ajuda dos EUA permanecesse bloqueada no Congresso, à medida que a Rússia aumentava a sua pressão no leste do país.

O programa norte-americano de assistência militar e económica a Kiev, no valor de 60 mil milhões de dólares (cerca de 50 mil milhões de euros), está bloqueado no Congresso desde o ano passado devido à oposição de congressistas republicanos, com as eleições presidenciais marcadas para novembro.