O Pentágono está a trabalhar com as autoridades nigerinas para encontrar uma forma de manter as tropas norte-americanas no país – uma base fundamental para as operações antiterroristas na África subsariana –, depois de uma diretiva da junta militar que governa o país que ordenou que saíssem do Níger.
Uma delegação de alto nível dos EUA deslocou-se ao Níger para se encontrar com membros da junta militar e revelou que tiveram discussões «longas e diretas» com os membros da junta. As conversas foram em parte motivadas por preocupações sobre as potenciais relações do Níger com a Rússia e o Irão. «Ficámos preocupados com o caminho que o Níger tomou», disse uma responsável norte-americana. Os EUA acompanham de perto as atividades da Rússia no país para avaliar e mitigar os riscos potenciais para o seu pessoal, propriedade e interesses
Voos ilegais
Após a reunião, a junta militar do Níger afirmou que os voos dos EUA sobre o território nigerino nas últimas semanas eram ilegais e criticaram os EUA para forçar a escolher quais os seus parceiros estratégicos. «As bases americanas e o pessoal civil já não podem permanecer em solo nigerino», acrescentou. A junta controla grande parte do Níger desde julho, depois de depor o presidente eleito do país.
O número de norte-americanos no país, incluindo civis e contratados, é cerca de 1.000. A base do Níger é fundamental para as operações antiterroristas dos EUA no Sahel e tem sido usada para vigilância tripulada e não tripulada. Agora, os drones só voam para proteção militar.