Um país em contestação


Pedro Nuno Santos, embora apareça ou pelo menos tente, como o novo Fontes Pereira de Melo, é o rosto do Estado lamentável a que chegou o país.


Quando todos considerávamos que dificilmente o país ficaria numa situação social mais instável, uma vez que são vários os setores que estão há bastante tempo a tentar fazer ouvir as suas reivindicações e que são constantemente ignorados, como é o caso dos profissionais de educação e dos profissionais de saúde, a que juntamos os problemas graves no acesso à habitação, eis que surge mais uma onda de contestação, desta vez por parte das forças de segurança e dos agricultores.

A propósito do problema grave que vivemos hoje em Portugal com a falta de habitação, é bom recordar que António Costa, em 2018, disse que a meta do seu governo era “eliminar todas as situações de carência habitacional até ao 50.º aniversário do 25 de abril, em 2024”. A mesma meta que o levou, em 2016, a prometer que em 2017, todos os portugueses teriam médico de família.

É caso para dizer promessas leva-as o vento. Não só não há habitação condigna para todos, como há mais pessoas a viverem em situações completamente inaceitáveis. O mesmo na saúde, não só não há médicos de família, como até há urgências sucessivamente encerradas.

No caso das forças de segurança, há muito que conhecemos as dificuldades quer da PSP, quer da GNR, poucos efetivos, esquadras sem condições, parque automóvel degradado e condições remuneratórias que não são compatíveis com as funções que desempenham para garantir a segurança de pessoas e bens.

Acontece que o gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado a esclarecer que os processos negociais que estavam a decorrer no âmbito das revisões remuneratórias e de carreiras da administração pública, onde se inclui a PSPS, foram suspensos, pelo facto do governo estar em gestão.

Bom senso não é algo que caraterize o governo do Partido Socialista. António Costa, tendo conhecimento a 5 de novembro que o Parlamento ia ser dissolvido e que o governo entraria em gestão a partir de 8 de dezembro, decidiu atribuir à Polícia Judiciária um suplemento de missão. Nada contra, ainda bem que foi atribuído, mas é caso para questionar. E a PSP? E a GNR?

O suplemento de missão é concedido a trabalhadores que desempenham funções em condições de risco, insalubridade e penosidade. Não é o caso destas forças de segurança?

O governo assumiu um tratamento desigual e discriminatório perante a PSP e a GNR. Porque é que António Costa toma esta decisão? Sabendo de antemão que uma semana depois estaria em gestão? Com tanta contestação porque é que António Costa ou o atual líder do PS, Pedro Nuno Santos não explicam o racional desta decisão? Porquê?

E os agricultores? António Costa escolheu para sua ministra da agricultura uma Senhora que demonstrou desde cedo que não tem capacidade para gerir esta pasta. Foram sucessivos e graves os erros que foi cometendo, demonstrando total ausência de conhecimento das matérias do setor agrícola. É mais um erro de casting. O Movimento Civil dos Agricultores de Portugal, organizou uma iniciativa, à semelhança do que aconteceu, por exemplo, em França, onde reivindicaram condições mais justas e uma verdadeira valorização da atividade agrícola.

A ministra da agricultura, talvez por desconhecer as dificuldades que muitos agricultores atravessam, deu luz verde aos cortes nos pagamentos no âmbito do PEPAC, o que gerou uma onda de revolta junto dos agricultores. Estes cortes acabaram por ser revertidos pelo governo, uma vez que a contestação do setor se iria manter e até intensificar e convenhamos – estamos a 1 mês de eleições.

Os erros e incongruências deste governo, até em gestão, são sucessivos e isso não vai mudar, porque Pedro Nuno Santos, embora apareça ou pelo menos tente, como o novo Fontes Pereira de Melo, é o rosto do Estado lamentável a que chegou o país, depois de 8 anos de governação do Partido Socialista.

Um país em contestação


Pedro Nuno Santos, embora apareça ou pelo menos tente, como o novo Fontes Pereira de Melo, é o rosto do Estado lamentável a que chegou o país.


Quando todos considerávamos que dificilmente o país ficaria numa situação social mais instável, uma vez que são vários os setores que estão há bastante tempo a tentar fazer ouvir as suas reivindicações e que são constantemente ignorados, como é o caso dos profissionais de educação e dos profissionais de saúde, a que juntamos os problemas graves no acesso à habitação, eis que surge mais uma onda de contestação, desta vez por parte das forças de segurança e dos agricultores.

A propósito do problema grave que vivemos hoje em Portugal com a falta de habitação, é bom recordar que António Costa, em 2018, disse que a meta do seu governo era “eliminar todas as situações de carência habitacional até ao 50.º aniversário do 25 de abril, em 2024”. A mesma meta que o levou, em 2016, a prometer que em 2017, todos os portugueses teriam médico de família.

É caso para dizer promessas leva-as o vento. Não só não há habitação condigna para todos, como há mais pessoas a viverem em situações completamente inaceitáveis. O mesmo na saúde, não só não há médicos de família, como até há urgências sucessivamente encerradas.

No caso das forças de segurança, há muito que conhecemos as dificuldades quer da PSP, quer da GNR, poucos efetivos, esquadras sem condições, parque automóvel degradado e condições remuneratórias que não são compatíveis com as funções que desempenham para garantir a segurança de pessoas e bens.

Acontece que o gabinete do primeiro-ministro emitiu um comunicado a esclarecer que os processos negociais que estavam a decorrer no âmbito das revisões remuneratórias e de carreiras da administração pública, onde se inclui a PSPS, foram suspensos, pelo facto do governo estar em gestão.

Bom senso não é algo que caraterize o governo do Partido Socialista. António Costa, tendo conhecimento a 5 de novembro que o Parlamento ia ser dissolvido e que o governo entraria em gestão a partir de 8 de dezembro, decidiu atribuir à Polícia Judiciária um suplemento de missão. Nada contra, ainda bem que foi atribuído, mas é caso para questionar. E a PSP? E a GNR?

O suplemento de missão é concedido a trabalhadores que desempenham funções em condições de risco, insalubridade e penosidade. Não é o caso destas forças de segurança?

O governo assumiu um tratamento desigual e discriminatório perante a PSP e a GNR. Porque é que António Costa toma esta decisão? Sabendo de antemão que uma semana depois estaria em gestão? Com tanta contestação porque é que António Costa ou o atual líder do PS, Pedro Nuno Santos não explicam o racional desta decisão? Porquê?

E os agricultores? António Costa escolheu para sua ministra da agricultura uma Senhora que demonstrou desde cedo que não tem capacidade para gerir esta pasta. Foram sucessivos e graves os erros que foi cometendo, demonstrando total ausência de conhecimento das matérias do setor agrícola. É mais um erro de casting. O Movimento Civil dos Agricultores de Portugal, organizou uma iniciativa, à semelhança do que aconteceu, por exemplo, em França, onde reivindicaram condições mais justas e uma verdadeira valorização da atividade agrícola.

A ministra da agricultura, talvez por desconhecer as dificuldades que muitos agricultores atravessam, deu luz verde aos cortes nos pagamentos no âmbito do PEPAC, o que gerou uma onda de revolta junto dos agricultores. Estes cortes acabaram por ser revertidos pelo governo, uma vez que a contestação do setor se iria manter e até intensificar e convenhamos – estamos a 1 mês de eleições.

Os erros e incongruências deste governo, até em gestão, são sucessivos e isso não vai mudar, porque Pedro Nuno Santos, embora apareça ou pelo menos tente, como o novo Fontes Pereira de Melo, é o rosto do Estado lamentável a que chegou o país, depois de 8 anos de governação do Partido Socialista.